Resenha | A rebelde do deserto, de Alwyn Hamilton

Escritora: Alwyn Hamilton

Editora: Seguinte

Páginas: 288

SKOOB

Sinopse: "O deserto de Miraji é governado por mortais, mas criaturas míticas rondam as áreas mais selvagens e remotas, e há boatos de que, em algum lugar, os djinnis ainda praticam magia. De toda maneira, para os humanos o deserto é um lugar impiedoso, principalmente se você é pobre, órfão ou mulher. 

Amani Al’Hiza é as três coisas. Apesar de ser uma atiradora talentosa, dona de uma mira perfeita, ela não consegue escapar da Vila da Poeira, uma cidadezinha isolada que lhe oferece como futuro um casamento forçado e a vida submissa que virá depois dele.

Para Amani, ir embora dali é mais do que um desejo — é uma necessidade. Mas ela nunca imaginou que fugiria galopando num cavalo mágico com o exército do sultão na sua cola, nem que um forasteiro misterioso seria responsável por lhe revelar o deserto que ela achava que conhecia e uma força que ela nem imaginava possuir."


Em "a rebelde do deserto", nós vamos conhecer Amani: ela mora junto com suas primas e primos em uma pequena casa, dividindo o quarto sem nenhum privacidade, porém possui um grande talento: é uma excelente atiradora. Não só isso, assim como qualquer adolescente, Amani sonha em sair de onde mora - Vila da Poeira - e não é só pela vida que ela tem, mas sim pelo casamento forçado que estão planejando.

Quando Amani está planejando a sua fuga, é quando ela conhece um foragido, Jin. Ela o esconde atrás do balcão da loja de sua família e mente para quem vem procurá-lo. Nem mesmo ela sabe o porque está omitindo coisas de alguém que ela não conhece, mas ela vê esperança em Jin e percebe que ele pode ser capaz de ajudá-la a fugir daquele lugar isolado.

"E então veio aquele sorriso. Talvez eu tivesse olhos que me traíam, mas Jin com certeza tinha o tipo de sorriso capaz de converter impérios inteiros. O tipo de sorriso que me fazia sentir que o entendia direitinho, embora não soubesse nada sobre ele. O tipo de sorriso que me fazia sentir que éramos capazes de qualquer coisa juntos." (pág. 118)

Premissa interessante? Sim. Capa maravilhosa? Com certeza. Mas infelizmente para mim foi mais um livro com uma capa linda e uma decepção. "A rebelde do deserto" não me prendeu. Tentei, tentei e tentei extrair algo que me agradasse, mas não funcionou. Não vou mentir, mas foram poucos momentos que a estória me prendeu e eu falei "agora vai melhorar", mas não, não melhorou.

Estou começando a suspeitar que talvez seja o tema/narrativas no deserto que não me prende de forma alguma. Após ler "a fúria e a aurora" - resenha aqui - e não ter gostado, achei que talvez "a rebelde do deserto" fosse me surpreender, mas acabou que entrou para a listinha de decepção.

Achei a narrativa um pouco cansativa. O livro não é cheio de detalhes, é uma narrativa precisa, com poucos argumentos. Talvez essa falta de detalhe tenha deixado a desejar. Outro ponto é que fala de criaturas mágicas, mas confesso que eu não percebi que eram "mágicas" até que tinha descrição como "suas asas pegaram fogo". Aí pensei: como assim?! E foi que percebi a presença dessa "magia" na narrativa.

"Mas só porque tinham me tratado bem não queria dizer que eu deveria confiar naquelas pessoas. Quem quer que fossem." (pág. 176)

Li algumas resenhas que falavam sobre romance... Cadê? Ou teve romance ou eu me desliguei completamente da estória em algum momento. Não percebi nada extraordinário no enredo, nada me fez suspirar. Acredito que não houve essa conexão entre os personagens. Então se você for ler esse livro, não espere um romance tipo Nicholas Sparks.

Claro que li muitas coisas positivas sobre esse livro e minha expectativa estava super alta, mas não foi dessa vez. Agora, se você leu e gostou de "a fúria e a aurora" e gosta de temas relacionados com faroeste, com certeza esse livro é indicado para você. Porém, talvez eu não leia mais nada relacionado a esse tema - afinal, duas decepções já é o suficiente, não?

Avaliação: ♥ ♥