“O museu das coisas
intangíveis” é o segundo livro da autora Wendy Wunder, publicado pela Editora
Novo Conceito em 2018. Um livro que vai abordar sobre amor, aventura e os
limites da amizade.
O ENREDO
Neste livro nós somos apresentados para duas personagens:
Zoe e Hannah. Mas também conhecemos o pequeno Noah de apenas oito anos, que
esbanja o seu charme e carisma pelo livro todo.
"Dá para conhecer muito sobre uma pessoa quando se observa o modo como ela passa o tempo." (pág. 10)
Zoe construiu um Museu
das Coisas Intangíveis para Noah, seu irmão mais novo, pois como ele possui
uma síndrome rara, não consegue diferenciar o que é irracional ou intangível, e
é por isso que ela acredita que isso poderá ajudá-lo.
Mas isso não é o único problema da vida de Zoe: ela percebe
que sua melhor amiga, Hannah, não tem controle sobre as coisas intangíveis da
vida, então decide que é hora de pegar a estrada e se aventurar por aí. Viver a
vida como se fosse o último dia.
"E eu aprendo que enfrentar nosso maior medo é libertador. Você não precisa mais se preocupar com isso, porque já aconteceu. E sobreviveu. Quero enfrentar mais alguns medos. É uma sensação incrivelmente libertadora." (pág. 43)
É nessa jornada de descobertas e autoconhecimento que Hannah
e Zoe vão conhecer todos os sentimentos possíveis: inveja, amor, vergonha,
medo, verdade... Tudo que for capaz de sentir! Isso irá fazer com que ambas
percebam o que realmente querem da vida.
AS PERSONAGENS
Podemos perceber que Zoe é aquela personagem que se preocupa
com as pessoas que estão em sua volta (em alguns momentos). É aquela típica
personagem que não tem medo de viver, que vive cada dia como se fosse o último
e totalmente leal àqueles que ela ama.
"É bom querer coisas. Nós deveríamos saber o que queremos, mas a sociedade afasta a nossa fome. O nosso desejo." (pág. 66)
Em contrapartida temos Hannah: uma personagem mais
reservada, com medo de extrapolar os limites e que essa aventura de carro foi a
única loucura que fez até aquele momento.
Duas personagens bem diferentes, mas que acabam se
completando, não é mesmo? Acho que isso é algo mágico na amizade entre as duas.
Uma ajuda a outra, até mesmo naqueles momentos mais complicados após a fuga de
carro.
"Quando você divide um sentimento com alguém, ele passa a ter peso e tamanho. Mesmo que você seja uma daquelas poucas pessoas que conseguem perceber isso, ele se torna uma coisa tangível, com características como forma, peso e calor." (pág. 72)
+ Leia também: a menina que não acredita em milagres
A NARRATIVA
Desde quando li “a
menina que não acredita em milagres”, outro livro da autora Wendy Wunder, pude perceber que ela
possui uma narrativa simples, fazendo com que os capítulos sejam pequenos e flua
perfeitamente.
"Essa é a primeira desilusão amorosa. Tem que doer. Você vai se acostumar." (pág. 118)
Apesar dos dois livros não possuírem nada em comum, é
perceptível que a autora gosta de narrar personagens com certa bipolaridade.
Assim como no anterior, percebemos que o humor da Zoe muda conforme o dia
passado e isso demonstra o porquê ela age cada dia de uma forma diferente.
Um ponto que gostei bastante neste livro foi o fato de ter
escondido perfeitamente bem a doença de Zoe. Ela é narrada em algum momento,
mas de uma forma passageira. Achei isso bem bacana, pois conseguiu focar perfeitamente
na amizade entre elas e como isso é importante em muitos momentos da vida.
"Porque o amor vence tudo. Talvez o amor diminua, recue e simplesmente atravesse um mau período. Ou você aguenta junto ou não." (pág. 228)
Mesmo sendo um livro com uma mensagem triste, ele traz
grande esperança de dias melhores e como uma amizade pode mudar você.
FINALIZANDO...
Eu gostei do livro, mas infelizmente não consegui me
conectar totalmente com o mesmo. Senti que faltou mais profundidade em alguns
acontecimentos e até mesmo mais emoção nas personagens.
Mesmo não me conectando totalmente com o enredo, o final
traz aquele apertinho no coração. Algo que, ao decorrer da leitura, percebemos
que é inevitável de acontecer. E, querendo ou não, em algum momento você se
apega aos personagens.
“O museu das coisas intangíveis” é uma aventura que ultrapassa todos os limites, tanto de velocidade quanto de amizade.
Avaliação: 3,5/5 ❤ - SKOOB
*livro cedido em parceria com a editora Novo Conceito
Título original: The Museum of intangible things
Escritora: Wendy Wunder
Editora: Novo Conceito
Páginas: 256
Lançamento: 2018
Gênero: Sick-lit / romance contemporâneo
SINOPSE
Noah, o irmãozinho de oito anos de Zoe, tem uma síndrome rara. Ele aprendeu a ler quando tinha dois anos.
Entende a teoria da relatividade de Einstein e já leu todos os livros do Stephen Hawking. É obcecado pelo cosmo e fala constantemente sobre isso, sem nem mesmo perceber se você está escutando ou não.
Apesar disso tudo, não consegue processar qualquer coisa irracional ou intangível. Emoções são um mistério para ele. Sonhar ou imaginar é algo totalmente estranho.
Zoe, para ajudá-lo, criou para ele, o Museu das Coisas Intangíveis, com instalações conceituais artísticas complexas, improvisadas no porão de sua casa.
Medo, inveja, coragem, despreocupação, verdade, perdão, vergonha: e tantos sentimentos que ela tenta ilustrar e definir para ele todos os dias.
Zoe acredita que Hannah, sua melhor amiga, não tem controle sobre as coisas intangíveis da vida.
Um dia, Zoe convence Hannah pegar a estrada juntas, e assim como fez com seu irmão, ela começa a expor sua amiga a situações que procuram mostrar o significado e o valor de todas essas coisas, fazendo com que ambas percebam o que realmente querem da vida.
Bom dia linda
ResponderExcluirNão conhecia o livro, mais gostei do enredo dele, vou procurar saber mais sobre ele depois.
Parabéns pela resenha
Ótimas fotos
Achou que faltou alguma informação por aqui? Poxa, postei a resenha dele e ainda a sinopse rsrs.
ExcluirObrigada.
É bem legal livros escrito dessa forma, de forma simples como a autora escreveu. Acho que isso é o que mais me atrai nos livros dela. Ainda não li esse livro, mas até me interessei por ele. Acho que é uma boa experiência. Uma vez minha professora deu o conselho de pegar a mochila e fazer uma viagem para vários lugares para tentar descobrir o que você quer fazer. Qual curso fazer. Esse livro me faz lembrar isso. A gente meio que nunca vive como se fosse o último dia, ou como se não houvesse mais um minuto de vida.
ResponderExcluirSua resenha está maravilhosa!
Jardim de Palavras
Nossa, adorei o conselho de sua professora. Acho que isso é tão importante para nosso descobrimento e até mesmo nos conhecer. Realmente achei bem incrível! Garanto que você se identificaria em muitos aspectos com este livro.
ExcluirE muito obrigada! Fico feliz que tenha gostado.
Eu acho as capas lindas!
ResponderExcluirJá vi esse livro algumas vezes, mas não tinha percebido que é da mesma autora de A menina que não acredita em milagres.
Pelo visto segue a mesma linha do 1° livro, porque eu gostei, mas faltou algo.
A premissa é interessante, mas não sinto vontade de conhecer no momento.
Beijos
Eu adorei muito "a menina que não acredita em milagres" e estava repleta de expectativas com esse. Apesar de seguir a mesma linha que o primeiro, de uma narrativa simples, é um livro que traz lições. Espero que um dia leia e goste.
ExcluirOlá Fabiana
ResponderExcluirA obra aparenta contar com um ritmo um pouco lento de acontecimentos, porém acredito que essa abordagem foi adotada pela autora para que o leitor seja capaz de assimilar as personalidades complexas que ambas a protagonistas apresentam, bem como a dinâmica entre as duas no decorrer da leitura. É uma pena que haja uma carência de profundidade no que se refere a alguns aspectos da história, porém é inegável que a mensagem deixada sobre a importância da amizade surte seu papel para o leitor.
Beijos.
Uma pena mesmo que não houve tanta profundidade em alguns acontecimentos, porém é incrível a amizade a importância da mesma para essa história. Um livro que traz grandes lições por traz de tudo.
ExcluirOi Fabiana!
ResponderExcluirPrimeiramente gostei muito da capa e do titulo, já tinha lido a sinopse mais não tinha entendido direito sobre a história pude entender melhor com sua resenha, mais me parece que tem um final triste não sei se é o tipo de livro que iria gostar. :)
Sobre o final: realmente tem um certo drama nele, porém era algo que conseguimos entender e até mesmo captar no decorrer da história. Acredito que vale a pena a leitura. Uma pena que essa premissa não te agrade tanto :/
ExcluirO museu das coisas intangíveis tem uma capa tão maravilhosa, amo o jogo de cores dos óculos, o desenho dos personagens e o destaque ao preto. Bom, sobre a história: eu gostei bastante das personagens, duas personalidades que se complementam e se apoiam e uma viagem que dá uma pitada de aventura e surgem diversos sentimentos acrescenta muito a história. Gostei!
ResponderExcluirA capa desse livro realmente está maravilhosa! Fiquei totalmente apaixonada e encantada pela mesma. A história realmente tem bastante aventura e a personalidade das duas, totalmente diferente, mas que tornam amigas maravilhosas.
ExcluirAchei a capa muito fofa <3 Confesso que não fiquei tão empolgada para ler esse livro, achei a história meio confusa, e você falando que não conseguiu se conectar me desanimou um pouco para ler.
ResponderExcluirInfelizmente não me conectei, mas talvez você consiga compreender melhor os personagens e até mesmo se identificar com eles. Acho que vale a leitura <3
ExcluirOlá Fabiana!
ResponderExcluirO livro é uma boa escolha pra quem não quer ler uma história muito densa mas que não deixa de ser relevante já trata de amizade e aborda um pouco sobre doenças raras também. A capa é bem chamativa e eu achei bem legal. O enredo leve traz uma mensagem de aproveitar a vida e superar os medos. Outro ponto positivo é o preço acessível.
Beijos
Para quem procura uma história mais leve, mas com reflexão, com certeza indico "o museu das coisas intangíveis". A mensagem que o livro apresentar por trás de tudo é ótima.
ExcluirOi!
ResponderExcluirPena que você não se envolveu tanto quanto gostaria com a narrativa, mas mesmo assim achei o livro bem curioso. Além disso, a capa é linda! Eu seria capaz de comprar só pela capa \o/ (sou dessas). Espero ter a oportunidade de conhecer a história em breve.
Beijos!
Quem nunca comprou um livro pela capa, não é? hahaha. Espero que conheça a história, goste e se conecte com os personagens. O livro tem uma mensagem bem bonita por trás de tudo.
ExcluirNão conseguir se conectar com o enredo do livro é sempre muito decepcionante, recentimente me aconteceu o mesmo com um livro, foi bem frustrante :(
ResponderExcluirEm relação a trama de O museu das coisas intangíveis, sinceramente eu não me interessei em acompanhar Zoe e Hannah se aventurando em uma viagem de carro, sem falar que livros com mensagens tristes e com um final que provoca um apertinho no coração do leitor não faz o meu gênero, sou uma manteiga derretida rsrs.
hahaha uma pena que não curta um livro com apertinho no coração (confesso que eu adoro essa sensação). Mas, quem sabe, você se identifique com o outro livro da autora?!
ExcluirJá tinha visto a capa desse livro em alguns lugares, mas nunca li nenhuma resenha.
ResponderExcluirGostei de conferir suas impressões e apesar de não ser muito o estilo de livro que costumo ler achei legal essa questão da amizade etc. valeu pela dica. Beijos!!!
Fiquei feliz que tenha gostado da resenha.
ExcluirUma pena que o livro não seja seu estilo de leitura, mas o assunto abordado realmente é bem bacana.
Oiii, nunca tinha visto esse livro, achei a capa lindíssima e a história parece ser interessante.
ResponderExcluirApesar de você ter dito que não conseguiu se conectar com os personagens, gostei muito da história e anotei a dica!
Infelizmente não me conectei tanto quanto esperava, mas talvez a leitura para você seja de uma forma diferente. Acredito que vale a pena conferir! Torcendo para que goste.
ExcluirOi Fabiana.
ResponderExcluirQue pena que não conseguiu conectar totalmente com a história. Eu ainda não tinha visto deste livro nas redes sociais e gostei da sua resenha. Ela mostrou informações bem legais para lê-lo. Vou adicionar na minha lista de desejados.
Bjos
https://historiasexistemparaseremcontadas.blogspot.com/
Não consegui me conectar tanto quanto esperava, mas talvez a leitura seja diferente para você. Espero que você leia e ele te agrade infinitamente :D
ExcluirOi Fabiana, sua linda, tudo bem?
ResponderExcluirAchei essa capa super diferente e chamativa. Nunca li nada sobre um personagem bipolar e também não conheço a escrita da autora. Uma pena que não conseguiu estabelecer uma conexão com os personagens, acho isso muito importante para me envolver com a história, por isso não sei se gostaria do livro. Gostei muito da sua resenha sincera.
beijinhos.
cila.
A capa é maravilhosa demais! A Novo Conceito fez um trabalho incrível nela. Em questão da história, realmente não me conectei, mas isso não tirou a beleza toda do livro, entende? Eu indicaria você começar pelo outro livro da autora. Acredito que vai gostar bastante!
ExcluirFico feliz que tenha gostado da resenha. Tento sempre ser sincera com todas.
Olá,
ResponderExcluirA capa do livro é bem chamativa, mas ainda não tinha visto. Gostei da resenha e fiquei curiosa sobre a doença do irmãozinho da protagonista e de quê forma ela cria esse museu pra ele, afinal coisas intangíveis não podem ser tocadas. Com certeza vai pra lista.
Beijokas
Fico feliz que tenha ficado curiosa. O livro tem uma capa maravilhosa mesmo a uma premissa muito boa. Acho que você iria se encantar com a forma que a protagonista lida com essas coisas para o irmão.
ExcluirHanna e Zoe têm quantos anos pra saírem de numa viagem de exploração, conhecimento?
ResponderExcluirGostei de usarem dois personagens que são os opostos: um garotinho contido e a menina que é bipolar, vive sentimentos intensamente.
São adolescentes e, geralmente, nessa época todas querem se descobrir.
ExcluirAdorei também essa mistura de personagens opostos. Deu uma história e tanto!
O enredo do livro chama atenção de primeira e a capa a princípio transmite toda a história que o livro quer contar a leitura Parece ser bem interessante mas eu nunca ouvi falar nesse lançamento e gosto quando os livros trazem protagonistas com síndromes raras mesmo que sendo fictícios ou não
ResponderExcluirEntão com certeza você vai adorar este lançamento. Espero que tenha oportunidade de ler! A capa realmente relata tudo que acontece na história. A Novo Conceito fez um excelente trabalho.
ExcluirJa fiquei triste por saber que tem coisas tristes no livro e posso ficar um pouco chocada com isso. Mas é um livro que gostei a princípio e que fiquei curiosa. Não curto muito històrias que retratem doenças, mas esse eu gostaria de ler.
ResponderExcluirInfelizmente tem uma coisinha triste no final, mas de todo resto, é um livro bom e que traz um autoconhecimento para as personagens (o que é ótimo).
ExcluirCaramba, não conhecia esse livro e nem a autora. Fiquei curiosa! E adorei os quotes também :D
ResponderExcluirAcho que você gostaria do livro, principalmente do livro anterior da autora. :D
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