Resenha | A última festa, de Lucy Foley

“A última festa” foi lançado em dezembro pelo clube do livro da Intrínsecos, da Editora Intrínseca, e conta com muito mistério, suspense e questionamentos.

Foto: PS Amo Leitura

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Agora vamos conhecer um pouco mais sobre a história?

Acho que todos nós temos versões diferentes de nós mesmos. (pág. 52)

Foto: PS Amo Leitura

Miranda e Katie são amigas desde a infância. Quando ingressaram na faculdade, conheceram Julien, Mark, Samira, Giles, Nick e Bo. Emma entrou para o grupo também, só que alguns anos depois, após ter casado com o Mark.

Em muitos momentos Emma acaba se sentindo excluída do grupo, como se não pertencesse, por isso ela se esforça tanto em fazer com que o encontro de fim de ano seja perfeito, sem defeitos. Mas assim como todo grupo, esse também possui suas tensões, o que ocasiona alguns desentendimentos e nada consegue ser perfeito.

Quando eles embarcam para essa aventura, em um lugar totalmente tranquilo para a virada do ano novo. O local será apenas deles, mas quando chegam lá, descobrem que mais dois hóspedes estarão em suas cabanas, assim como as duas pessoas que cuidarão do local e estarão à disposição de todos.

Porém o problema maior está quando um corpo é encontrado em meio a neve. Ninguém pode sair e ninguém pode entrar, incluindo o assassino. Quem seria o assassino? Será que ele está entre os amigos ou os outros habitantes do local?

Foto: PS Amo Leitura

Faz um tempo que não leio livros de suspense e gostei como esse livro me envolveu, principalmente no começo, apresentando uma narrativa em flashbacks, com diversas perspectivas de vários personagens.

Apesar de achar essa narrativa um pouco confusa em alguns momentos, devo dizer que o enredo cativava bastante. Era impossível não desconfiar de cada um por alguma atitude ou alguma palavra. A forma como Lucy Foley descreveu esses acontecimentos fez com que prendesse a minha atenção e me deixasse curiosa para descobrir o verdadeiro assassino.

Há pessoas que esperam pelo amor, o AMOR em letras maiúsculas, e não se dão por satisfeitas até encontrá-lo. Há os que desistem, porque não o encontram. Oito ou oitenta - tudo ou nada. Por fim, há aqueles que se conformam, provavelmente a maioria. E acho que nós é que somos os sensatos. Porque amor nem sempre significa longevidade. (pág. 143)

São muitas pistas deixadas em cada capítulo e quando você finalmente começa a montar o quebra-cabeça, você se questiona como não desconfiou antes. Mas é como eu disse: a forma como a autora descreve os acontecimentos, você desconfia de todos (mas tenho que confessar que desconfiei desde o começo).

Não sei se é comum em livros desse gênero, pois leio pouco (infelizmente), mas a autora fez um enorme mistério, várias questões até finalmente contar quem havia cometido o crime e quem era a vítima. Isso, não nego, foi algo que me incomodou um pouco no decorrer da estória.

Foto: PS Amo Leitura

“A última festa” foi uma boa leitura e apesar de ter sentido dificuldade em alguns momentos, devo dizer que é uma trama bem construída, com suspense na medida certa. Quem curte o gênero, com certeza vai adorar esse livro.

*previsão de lançamento em livrarias: 03 de março de 2020.
*adicione no skoob: a última festa
*caixinha intrínsecos 015 recebido em parceria com a editora.

Título original: The Hunting Party

Escritora: Lucy Foley

Editora: Intrínseca

Páginas: 304

Lançamento: 2019 (pela intrínsecos)

Gênero: suspense / mistério / crime

SINOPSE

Todo ano, nove amigos comemoram o réveillon juntos. Desta vez, apenas oito vão voltar para a casa depois da festa.
Programado para acontecer em um cenário idílico, o réveillon que Miranda, Katie e os outros amigos que conheceram na faculdade passarão juntos este ano promete refeições deliciosas regadas a champanhe, música, jogos e conversas descontraídas.
No entanto, as tensões começam já na viagem de trem — o grupo não tem mais nada em comum além de um passado de convivência, feridas jamais cicatrizadas e segredos potencialmente destrutivos.
E então, em meio à grande festa da última noite do ano, o fio que os mantém unidos enfim arrebenta. No dia seguinte, alguém está morto e uma forte nevasca impede a vinda do resgate. Ninguém pode entrar. Ninguém pode sair. Nem o assassino.
Contada em flashbacks a partir das perspectivas dos vários personagens, a história deste malfadado encontro é um daqueles mistérios de assassinato cheio de tensão e de ritmo perfeito. Com uma trama assustadora e brilhantemente construída, A Última Festa planta no leitor a semente da dúvida: será que velhos amigos são sempre os melhores amigos?