Foto: PS Amo Leitura |
Alasca, 1974
Ernet Allbright voltou da Guerra do Vietnã. Totalmente
traumatizado com o que viu e presenciou, decide mudar de cidade a todo
instante, mas dessa vez, ele busca um local que deixaria sua família isolada em
segurança. Decidiu morar no Alasca.
Sua esposa, Cora, faz de tudo para deixa-lo feliz, mesmo que
isso inclua seguir para o desconhecido. E sua filha Leni, de 13 anos, também
acredita que essa nova mudança trará um futuro melhor para todos.
Não queria alimentar falsas esperanças. Ter esperanças frustadas era pior do que não ter nenhuma. (pág. 56)
Alasca pode parecer a resposta para tudo, pelo menos no
primeiro momento. Apesar da família Allbright estar despreparada para o que vão
enfrentar nos próximos dias, a generosidade dos moradores locais compensa todo
o despreparo e os ajudam a mantê-los quentes e em segurança.
O problema que a segurança que realmente precisavam, não era
possível ninguém ajudar. As ameaças do lado de fora são menores do que o perigo
que apenas Cora e Leni enfrentarão dentro de casa.
Ela sabia o que pesadelos podiam fazer com uma pessoa e como lembranças ruins podiam mudar a personalidade. (pág. 116)
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Aquele livro destruidor!
Falar de Kristin Hannah e não falar como suas obras são
capazes de nos destruir, então estaríamos falando de pessoas diferentes. A
forma como a autora consegue fazer com que a gente sinta, viva, sofra e lute
junto com suas personagens é inexplicável.
Em A Grande Solidão, eu tive vários momentos de raiva, mas
também tive muitos momentos de tristeza. É muito difícil quando alguém vive um
perigo dentro de casa e acredita que aquilo “nunca mais irá acontecer”, mas que
na verdade é algo que nunca mudará.
Às vezes é preciso retroceder para avançar. Essa verdade eles conheciam, por mais jovens que fossem. (pág. 186)
A justificativa muitas vezes usada por Cora, era por Ernt
ter lutado na Guerra do Vietnã e isso proporcionou muitos traumas, mas quem ela
gostaria de enganar? Apesar de entender todos os horrores que a Guerra pode causar na vida de alguém, nada justifica as atitudes agressivas, tóxicas e sufocantes.
- conheça também: as coisas que fazemos por amor
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Um livro de ficção, mas que mostra a realidade.
Apesar de todo o contexto que a autora criou nessa obra e do
ano narrado, sabemos que isso, infelizmente, acontece muitas mulheres. É doloroso
e difícil descrever. Senti, inúmeras vezes, a garganta seca enquanto avançava
em cada capítulo e me causou um aperto no coração enorme.
Dentre todos os capítulos, o que mais me destruiu foi o
capítulo 9. Não, não vou contar o que realmente acontece nele, mas quis
ressaltar que nesse ponto em diante, eu já conseguia imaginar como o livro iria
seguir e que ele iria me proporcionar uma emoção jamais sentida antes com os
livros da Kristin Hannah. E foi o que aconteceu.
Pela primeira vez, Lenin entendeu todos os livros que tinha lido sobre corações partidos e amor não correspondido. Era uma dor física. (pág. 211)
Além desses horrores enfrentados por mãe e filha, há outro
desenvolvimento na história que é a personagem Leni. Ela vai crescendo ao longo
da trama e acaba perdendo um pouco da sua infância, pois tudo que presenciou a
fez amadurecer mais cedo. E muitas coisas acontecem ao longo de sua trajetória:
muitos sonhos, a descoberta do primeiro amor e um destino jamais esperado.
- conheça também: tempo de regresso
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- conheça também: o rouxinol
Esse livro tem uma tocante história sobre amor e perda,
sobre o instinto de sobrevivência, um retrato da fragilidade e da resistência
humana. É aquele livro que, após finaliza-lo, é necessário um tempo para
refletir todos os detalhes apontados.
A Grande Solidão foi meu quarto contato com a autora e, mais
uma vez, devo dizer que ela é esplendida! Ela sabe como conquistar o
coração do leitor, destruir, reconstruir os pedacinhos aos poucos e
proporcionar muitas emoções ao virar de cada página.
+ QUOTES
Até então ela não sabia como o amor podia irromper e começar a existir como a teoria do Big Bang e mudar tudo em você e no mundo. (pág. 220)
Ela sabia a diferença entre realidade e ficção, mas não conseguia abandonar suas histórias de amor. Elas a faziam sentir como se as mulheres pudessem estar no controle de seus destinos. Mesmo em um mundo escuro e cruel que testava mulheres até o limite de sua resistência, as heroínas desses romances podiam vencer e encontrar o amor verdadeiro. (pág. 241)
Amor e medo. As forças mais destrutivas da Terra. O medo a virara do avesso; o amor a tornara estúpida. (pág. 260)
O amor não desbota ou morre. As pessoas dizem que sim, mas isso não acontece. Se você o ama agora, vai amá-lo daqui a dez anos ou daqui a quarenta. De maneira diferente, talvez, uma versão esmaecida, mas ele é parte de você agora. E você é parte dele. (pág. 317)
adicione no skoob: a grande solidão
Escritora: Kristin Hannah
Editora: Arqueiro
Páginas: 400
Lançamento: 2018
Gênero: drama
SINOPSE
Alasca, 1974.
Imprevisível. Implacável. Indomável.
Para uma família em crise, o último teste de sobrevivência.
Atormentado desde que voltou da Guerra do Vietnã, Ernt Allbright decide se mudar com a família para um local isolado no Alasca.
Sua esposa, Cora, é capaz de fazer qualquer coisa pelo homem que ama, inclusive segui-lo até o desconhecido. A filha de 13 anos, Leni, também quer acreditar que a nova terra trará um futuro melhor.
Num primeiro momento, o Alasca parece ser a resposta para tudo. Ali, os longos dias ensolarados e a generosidade dos habitantes locais compensam o despreparo dos Allbrights e os recursos cada vez mais escassos.
Porém, o Alasca não transforma as pessoas, ele apenas revela sua essência. E Ernt precisa enfrentar a escuridão de sua alma, ainda mais sombria que o inverno rigoroso. Em sua pequena cabana coberta de neve, com noites que duram 18 horas, Leni e a mãe percebem a terrível verdade: as ameaças do lado de fora são muito menos assustadoras que o perigo dentro de casa.
Imprevisível. Implacável. Indomável.
Para uma família em crise, o último teste de sobrevivência.
Atormentado desde que voltou da Guerra do Vietnã, Ernt Allbright decide se mudar com a família para um local isolado no Alasca.
Sua esposa, Cora, é capaz de fazer qualquer coisa pelo homem que ama, inclusive segui-lo até o desconhecido. A filha de 13 anos, Leni, também quer acreditar que a nova terra trará um futuro melhor.
Num primeiro momento, o Alasca parece ser a resposta para tudo. Ali, os longos dias ensolarados e a generosidade dos habitantes locais compensam o despreparo dos Allbrights e os recursos cada vez mais escassos.
Porém, o Alasca não transforma as pessoas, ele apenas revela sua essência. E Ernt precisa enfrentar a escuridão de sua alma, ainda mais sombria que o inverno rigoroso. Em sua pequena cabana coberta de neve, com noites que duram 18 horas, Leni e a mãe percebem a terrível verdade: as ameaças do lado de fora são muito menos assustadoras que o perigo dentro de casa.
Opa, tudo bem por aí?
ResponderExcluirEu PRECISO ler esse livro. Sério, me interessei demais pela obra. Quando vi a capa, não imaginei que se tratasse de uma história assim. Envolve inúmeros aspectos que eu amo e que prendem a minha atenção de cara desde a sinopse. Preciso para ontem!
Abraços!
Acampamento da Leitura
Fico feliz que tenha gostado :) a obra realmente é envolvente e emocionante. Kristin Hannah tem uma escrita única! Vale a pena conhecer.
ExcluirAmei a sua resenha! Já ouvi algumas pessoas falando desse livro, mas a sua resenha me trouxe várias emoções e me deu bastante vontade de ler!
ResponderExcluirOs Delírios Literários de Lex
Esse livro é emocionante do começo ao fim! A leitura vale a pena.
ExcluirOi Fabi!!
ResponderExcluirEu nem imaginava que esse livro tinha violência doméstica como tema. Eu sempre vejo resenhas muito positivas sobre os livros dessa autora, fico feliz que mesmo sendo um tema forte e pesado o livro te agradou, isso significa que a autora trabalhou bem o tema!!
Beijos!
Eita Já Li
Kristin Hannah é maravilhosa em abordar drama familiares e outros assuntos. Recomendo de olhos fechados! Espero que tenha a chance de conhecer essa obra e goste também.
ExcluirOlá tudo bem?
ResponderExcluirEu não conhecia o livro, tampouco a autora, mas fiquei impressionada com o tema que ela escolheu para abordar nesse livro e estou bastante curiosa para conhecer melhor essa história. Como sempre, sua resenha é maravilhosa.
Beijos
Kristin Hannah virou a minha autora queridinha, sem dúvidas! Ela sabe como deixar o coração apertadinho e trabalha perfeitamente no tema escolhido. Espero que se apaixone também.
ExcluirOiieee
ResponderExcluirEu tenho O Rouxinol da autora na fila pra ler, já sei que irá me emocionar, é sempre incrível encontrar autores assim, que conseguem cativar, partir e reconstruir o coração da gente com suas obras. Adoro livros ambientados no Alasca, e a premissa toda parece mesmo ser incrível, adoraria ler esse livro assim que puder.
Beijos, Ivy
www.derepentenoultimolivro.com
O Rouxinol é meu livro favorito da vida! Você vai amar! E esse livro é incrível também. Toda a ambientação e descrições trouxeram inúmeras emoções. Espero que goste.
ExcluirOi Fabiana.
ResponderExcluirEu ainda não tive a chance de ler um livro dessa autora, mas tenho muita vontade porque algumas opiniões que li estão positivas. Gostei muito de saber que a forma como a autora consegue escrever deixa o leitor com emoções e até sofra e lute junto com suas personagens, desperta ainda mais meu interesse. Vou tentar adquiri -lo o mais rápido possível para lê -lo. Obrigada pela dica.
Bjos
Ela tem uma escrita envolvente e faz com que o leitor se emocione bastante ao longo de cada capítulo. Vale muito a pena!
ExcluirOlá!
ResponderExcluirParece ser um livro extremamente forte e intenso. Eu ainda não li nada da autora, mas tenho um livro dela na estante que, inclusive, estou ansiosa para lê-lo logo. Vendo a sua opinião, tanto sobre o livro como também sobre a autora, fiquei animada para conhecer logo suas histórias e me emocionar, assim como você.
www.sonhandoatravesdepalavras.com.br
Eu me encantei pela escrita da Kristin Hannah e a cada livro, tenho certeza que ela é a minha autora favorita! Espero que tenha a chance de conhecer sua escrita e ame também.
ExcluirOi, tudo bem? Não conheço a autora, mas sua resenha me fez perceber que quero ler esse livro com urgência. Pelo que entendi, ele fala sobre violência doméstica? Acho essencial a literatura trazer temas relevantes e reais para suas tramas, pode ajudar muita gente. Fiquei muito interessada, especialmente por causa dos quotes que são mesmo bem profundos e pesados. Muito obrigada pela dica, vou colocá-lo na wishlist! :)
ResponderExcluirLove, Nina.
www.ninaeuma.blogspot.com
Sim, há esse tema abordado. Confesso que fiquei bem surpresa quando me deparei com isso durante a narrativa. Me deixou ainda mais envolvida e emocionada.
Excluiradorei o formato da sua resenha pontuado separado o que gostou e analisou, me deu um boa noção da obra, do que posso esperar e eu leria so por causa da sua resenha.
ResponderExcluirQue bom que gostou :) Espero que leia e goste também.
ExcluirOlá
ResponderExcluirNunca li nada da autora. Tem dois livros dela aqui em casa, mas nunca surgiu uma vontade intensa de ler.
Quem sabe agora que estou retornando aos poucos aos romances acabe com essa distância das obras da autora e seja fisgada como você?!
Beijos
Quando tive meu primeiro contato com a autora, fiquei me perguntando o porquê demorei tanto para ler. Devo dizer que vale muito a pena conhecer :)
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