Resenha | Aos perdidos, com amor, de Brigid Kemmerer

Aos Perdidos, Com Amor é um livro young adult, escrito pela Brigid Kemmerer e publicado pela Plataforma 21, e através de cartas e e-mails, vamos conhecer a história de Juliet e Declan.

Uma carta que pode mudar tudo

Mesmo após a morte de sua mãe, Juliet Young continuou escrevendo cartas. Agora, ela as deixa no cemitério e é a única maneira que ela encontra de libertar todos os seus sentimentos e até mesmo para não se perder de si mesma.

Por outro lado, temos Declan Murphy: aquele adolescente típico rebelde. Apesar da sua aparência durona e de não ter muitos amigos, ele se sente completamente perdido. Enquanto cumpre pena prestando serviço comunitário no cemitério local, os fantasmas do seu passado sempre aparecem para assombrá-lo.

"Quando tudo ao seu redor está perdido, só há um caminho a seguir: para a frente." (pág. 65)

E é nesse trabalho que Declan encontra uma carta no túmulo. Meio desconcertado, acaba lendo e sentindo toda a dor que está ali presente. Aquelas palavras são praticamente o que ele também sente. Assim, mesmo sem conhecê-la, ele responde a carta e coloca no mesmo lugar.

É através dessa resposta que uma troca de cartas começam a acontecer. Eles não se conhecem, não falam seus verdadeiros nomes, mas compartilham da mesma dor. O que eles não imaginam é que estão mais próximos do que são capazes de imaginar.

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Entre cartas, e-mails e relatos

Esse foi meu segundo contato com a Brigid Kemmerer e o que dizer? Iniciei essa obra com a expectativa lá em cima, não posso negar, e vou dizer uma coisa: estou completamente encantada com a escrita da autora!

O livro apresenta uma trama intensa, cheia de descobertas e narrada no ponto de vista de ambos os personagens. Com isso, a gente consegue entender melhor sobre o passado de cada um e a dor que carregam.

"Acredito em destino, mas também em livre-arbítrio. Ou seja, existe um caminho, mas estamos livres para desviar dele. O único problema é que, num dado momento, não temos como saber de quem é o caminho que estamos seguindo: o nosso ou o do destino?" (pág. 126)

Eu sempre fui apaixonada por obras que tivessem cartas e/ou e-mails na narrativa e quando me deparei com essa obra, vi que a mesma apresentava isso, sabia que tinha um enorme potencial de ser boa e de gostar também.

Dito e feito! O livro me conquistou logo de cara. Juliet é uma personagem que carrega tanta dor dentro de si (e até mesmo culpa), que conseguimos sentir essas emoções no decorrer de cada capítulo. Assim como Declan. Apesar da culpa que ele carrega, ele é um personagem que consegue conquistar muito, principalmente na forma de se expressar através das cartas.

Cada capítulo começa com a troca de cartas entre os personagens, onde eles colocam todos os seus sentimentos, os dramas familiares, como se sentem perdidos e com dificuldade de encontrarem o seu lugar no mundo e, após isso, conhecemos a "vida real" de cada um, onde vamos percebendo como tudo pode ser cruel. Como as pessoas podem julgar sem te conhecer e podem fazer suposições sobre sua vida.

Com uma leitura leve, fluída, instigante e, ao mesmo tempo, viciante, com cartas, segredos e um encontro arrebatador, vamos ficar completamente envolvidos com o enredo, aos personagens e nos apaixonar por esse young adult incrível.

Aos Perdidos, Com Amor foi uma leitura rápida e que finalizei em menos de dois dias. É aquele tipo de livro que te prende, te emociona, te proporciona várias emoções ao longo das páginas e tudo o que você deseja, é saber o final da história.

"Será que existe alguma forma de mostrarmos mais de nós mesmos? Ou será que estamos todos presos em uma única foto que não conta a história inteira?" (pág. 229)

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Título original: Letters to the lost
Escritora: Brigid Jemmerer
Editora: Plataforma 21
Páginas: 450
Lançamento: 2017
Gênero: jovem adulto / romance

SINOPSE
Juliet Young sempre escreveu cartas para sua mãe. Mesmo depois da morte dela, continua escrevendo – e as deixa no cemitério. É a única coisa que tem ajudado a jovem a não se perder de si mesma.
Já Declan Murphy é o típico rebelde. O cara da escola de quem sempre desconfiam que fará algo errado, ou até ilegal. O que poucos sabem é que, apesar da aparência durona, ele se sente perdido. Enquanto cumpre pena prestando serviço comunitário no cemitério local, vive assombrado por fantasmas do passado.
Um dia, Declan encontra uma carta anônima em um túmulo e reconhece a dor presente nela. Assim, começa a se corresponder com uma desconhecida... exceto por um detalhe: Juliet e Declan não são completos desconhecidos um do outro.
Eles estudam na mesma escola, porém são tão diferentes que sempre se repeliram. E agora, sem saber, trocam os segredos mais íntimos. Mas, aos poucos, a vida real começa a interferir no universo particular das confidências. E isso pode separá-los ou uni-los para sempre.