Resenha | Solo Raso, de Sandro Muniz

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

 Já imaginou se a Segunda Guerra tivesse acontecido no Brasil? Em Solo Raso, do autor Sandro Muniz, nós vamos conhecer a história de Pedro e um evento completamente traumático.

Solo Raso


Após um evento marcante em sua vida, o arqueólogo Pedro Gilga é transferido para uma escavação em uma ilha sem nome.


Ficar longe de sua família é um ponto que o faz pensar, mas essa proposta de emprego pode ser o seu novo recomeço. Quando ele chega a ilha completamente desconhecida, Pedro irá perceber que o trabalho é maior do que ele seria capaz de imaginar, afinal, há muitos mistérios rondando por aquele lugar.

Ele fará amizades com pessoas bem peculiares, conhecerá todas as suas histórias e desvendará o motivo das explosões e o sumiço de diversas mulheres sem deixar nenhum rastro. Ele precisará de muita força para sobreviver à essa ilha cheia de segredos.

Solo Raso

Imaginar a Segunda Guerra em território brasileiro é algo delicado e até mesmo difícil, eu diria, mas o autor soube como criar um cenário com personagens instigantes, diferentes e repleto de acontecimentos marcantes que mudou a vida não somente do personagem principal, mas também de todos os moradores daquela ilha.

Entender todos os dilemas e anseios do Pedro por conta dessa sua nova jornada, foi algo realmente interessante, mas tudo fica ainda melhor quando ele chega na escavação dessa nova ilha, afinal, ela é como se fosse a nossa personagem principal. Existe uma parte nela, chamada de Floresta da Morte, onde mata qualquer pessoa que se atreva explorar o local. Iniciam-se explosões de uma forma inexplicável. É ou não é algo instigante e completamente curioso?


"Há certos momentos em nossas vidas nos quais já não é mais possível voltar atrás."

 

Esses mistérios criados pelo Sandro Muniz foi o que deixou a narrativa ainda mais envolvente. A cada capítulo, o leitor fica com essa ansiedade em descobrir os motivos por trás dessas explosões e também pelo sumiço de mulheres. Tudo o que acontece naquela ilha é algo que, aparentemente, não há explicações, mas que, de alguma forma, o arqueólogo enfrentará situações difíceis e até mesmo de quase morte para desvendar esses mistérios e ajudar os habitantes locais também.

Com uma narrativa em terceira pessoa, o autor conseguiu explorar perfeitamente vários personagens que possuem uma grande importância durante a narrativa, principalmente na solução do mistério. Confesso que gostei e me identifiquei muito com a colega de trabalho de Pedro, a Eugênia. Ela é aquela personagem corajosa e determinada. Gostei muito!

Confesso que no começo eu demorei para me conectar com toda a estória, mas depois, foi simples de me aventurar por aquela ilha. E além da narrativa, um outro ponto que me conquistou bastante durante a leitura foram os capítulos curtos. Isso, com a soma de uma escrita leve e fácil de se habituar em todo o universo criado, foram o que deixaram os capítulos de Solo Raso ainda mais envolventes.

Sabe quando uma obra de ficção pode dizer tanto sobre a nossa realidade? Foi exatamente o que senti com o final dessa obra. Me fez refletir sobre como os acontecimentos mudaram tudo e até mesmo o desaparecimento sem explicações de registros importantes da época.

Se você gosta de uma história com mistérios e muitos acontecimentos marcantes, recomendo que conheça Solo Raso. É um livro que vai instigar sua curiosidade e vai te prender até os acontecimentos finais.

*disponível no Kindle Unlimited.
*e-book lido em parceria paga com o autor.


solo raso

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Compre o e-book: Amazon

Título original: Solo Raso
Escritor: Sandro Muniz
Editora: Independente
Páginas: 227
Lançamento: 2019
Gênero: mistério


SINOPSE

Você já pensou que a Segunda Guerra Mundial pode ter acontecido em solo brasileiro?
A história oficial foi contada faltando pedaços.
Fatos atuais e antigos da história se entrelaçam nessa ficção repleta de mistérios e muita emoção.
Pedro Gilga Sacks, arqueólogo, foi parar em uma ilha sem nome. Não sabia que iria encontrar aventuras e situações que o farão duvidar até mesmo de onde pisa.
Pedro faz amizades com pessoas peculiares — um messias que esconde ovos; uma senhora que diz ter vivido a guerra — conhece e vivencia histórias fantásticas que farão dele uma nova pessoa ao fim de sua corrida para desvendar explosões que mutilam, mulheres que somem sem deixar rastros e uma possível reinterpretação da Bíblia Sagrada. Isso se ele sobreviver.

6 comentários

  1. oi, Amei sua resenha, não conhecia esse livro! Já coloquei na lista dos livro que pretendo ler.
    Beijos!
    https://deliriosdeumaliteraria.blogspot.com/

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  2. Olá, tudo bem? Isso é algo que nunca pensei, Segunda Guerra no nosso território, porém parece ser instigante (e um pouco agoniante, talvez). Vejo que teria bastante sentimentos durante a leitura! Fiquei curiosa com os momentos marcantes. Ótima resenha!
    Beijos

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  3. Muito interessante a ideia de imaginar a Segunda Guerra acontecendo em solo brasileiro. Aliás, achei a história desse livro super diferente e bem construída. Gosto de ficções que trazem reflexões sobre nossa situação atual. Super legal a indicação.

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  4. Oi Fabiana.

    A ideia de ter a segunda guerra no solo brasileiro mexeu bastante com a minha curiosidade e sua resenha deixou o enredo bem interessante. Já estou anotando a dica para conferir todos os detalhes desta história. Parabéns pela resenha.

    Bjos

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  5. Oi!
    Achei interessante esse enredo e ainda mais por ser literatura brasileira que adoro. Fiquei curiosa o quanto a arqueologia e os mistérios envolvidos, isso torna a trama mais rica e instiga a minha imaginação. Parabéns pela resenha, vou colocar na minha lista de leituras, obrigado pela dica, bjs!

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  6. Oi, Fabi!

    Não conhecia esse livro e achei a proposta sensacional! Li tua opinião e fiquei super curiosa!!!

    Amei a dica!

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