Vejo Você no Espaço, publicado pela Editora Intrínseca e escrito por Jack Cheng, vai contar a história de um garotinho de onze anos e que adora o espaço sideral.
Alex tem onze anos.
Ele é aquele garotinho apaixonado pelo espaço sideral, foguetes, sua família e pelo seu cachorro, Carl Sagan (o nome é uma homenagem ao seu grande herói, o astrônomo).
Alex sempre sonhou em enviar o seu iPod dourado para o espaço, da mesma forma que o seu herói fez com os Discos de Ouro nas sondas Voyager, em 1977, com sons e imagens da Terra, a fim de mostrar aos extraterrestres como é a vida em nosso planeta.
"O conhecimento é melhor do que a ignorância, que é melhor descobrir e aceitar a verdade, mesmo que ela não seja agradável."
Para que esse sonho se torne realidade, Alex constrói um foguete para um festival e embarca em uma aventura do Colorado ao Novo México, de Las Vegas a Los Angeles, gravando tudo o que acontece pelo caminho, desde os pequenos acontecimentos até as pessoas gentis que ele conheceu. Nessa aventura, ele vai desencadear uma série de emoções e respostas que irão mudar completamente a sua realidade.
A inocência através das páginas.
Desde quando Vejo Você no Espaço foi lançado, em 2017, eu tenho vontade de conhecer essa obra. Até hoje eu não entendo o porquê demorei tanto para me aventurar nessa jornada junto com Alex, afinal, ele é aquela criança inocente, cheia de esperança e expectativa do futuro. É impossível não embarcar nessa viagem com ele e sentir todas as suas emoções.
Além dessa pureza e do ar sonhador de Alex, algo que me conquistou imensamente, a narrativa foi o ponto forte da história. Jack Cheng fez uma história em primeira pessoa e apresenta um monólogo, onde Alex faz gravações, em seu iPod, sobre sua rotina na Terra. Essa narrativa lembra uma forma de diário, onde conseguimos nos conectar mais com o personagem.
"Não adianta ser forte só quando se está feliz. Isso não é ser forte."
O livro também aborda muitos assuntos importantes, mas tudo feito de forma leve e nas entrelinhas.
Ao longo dos capítulos, fiquei me questionando como um garotinho de 11 anos, embarcou em uma viagem e não houve impedimento de sua mãe? Como ele diz que tem um irmão mais velho, mas o mesmo não está presente em sua vida?
Alex é aquela criança super comunicativa e que não vê mal algum em contar sobre sua vida para outras pessoas, principalmente desconhecidos. Quando perguntam de sua mãe, ele diz apenas que ela está em "dias ruins". Liga para casa, ela não atende; deixa recados, ela não retorna. Em nenhum momento há um contato direto com a mãe, o que me deixou realmente angustiada e preocupada durante essa história.
"Nunca deixe ninguém falar para você que os seus sonhos são impossíveis."
A ausência do irmão foi algo que me intrigou muito também, ainda mais sabendo as condições de sua mãe. Mesmo com essa falta de contato e importância da família na vida de Alex, não afetou sua jornada e nem seus sonhos. Ele é tão apaixonante que dá vontade de colocar em um potinho! Sempre sonhando alto e nunca desistindo, mesmo quando as coisas pareciam desmoronar.
Vejo Você no Espaço é aquele livro onde sentimos vontade de abraçar o personagem, nos aventuramos por um desconhecido, percebemos toda a inocência e como existem pessoas boas na vida. Mostrou que família também se constrói e com força, amor e honestidade, nos tornamos maiores do que podemos imaginar. É aquele livro apaixonante e que em 256 páginas conquista de uma forma única e especial.
"Amar não significa não brigar nunca. Mas quando duas pessoas se amam de verdade, geralmente dá pra lidar com esses problemas."
Título original: See you in the Cosmos
Escritor: Jack Cheng
Editora: Intrínseca
Páginas: 256
Lançamento: 2017
Gênero: infanto-juvenil
SINOPSE
Alex tem onze anos e adora o espaço sideral, foguetes, sua família e seu cachorro, Carl Sagan - uma homenagem a seu maior herói, o astrônomo autor de Cosmos e Pálido ponto azul. A missão de vida de Alex é enviar seu iPod dourado para o espaço, do mesmo jeito que Sagan (o cientista, não o cachorro) enviou os Discos de Ouro nas sondas Voyager, em 1977, com sons e imagens da Terra, a fim de mostrar aos extraterrestres como é a vida no nosso planeta. Por isso, Alex constrói um foguete. E por isso ele viaja do Colorado ao Novo México, de Las Vegas a Los Angeles, gravando tudo o que acontece pelo caminho. Ele encontra pessoas incríveis, gentis e interessantes, desencava segredos e descobre que, mesmo para um menino com uma mãe complicada e um irmão ausente, família pode significar algo bem maior do que se imagina.
Eu adoro livros com personagens principais crianças, acho que a gente tem muito a aprender com eles, essas histórias são sempre muito cativantes e muito puras, eu adoro.
ResponderExcluirNão conhecia esse livro, mas já quero ele pra ontem, adorei seu post, fiquei encantanda e já necessito dessa história!!!!!
Olá, tudo bem? Eu amo a capa desse livro. Pelo o que tu disse, parece ser mesmo uma leitura simplesmente apaixonante. Fiquei louca para ler!
ResponderExcluirBeijos,
Duas Livreiras
Olá, tudo bem? Eu não sabia que era um livro juvenil, o que me surpreendeu. Tenho ouvido falar dele tem um tempinho, porém nunca dei maiores atenções. Depois da sua resenha quero muito desbravá-la e me emocionar. Com certeza teremos grandes aprendizados. Amei!
ResponderExcluirBeijos
Olá.
ResponderExcluirEu não sei explicar muito bem o porquê, mas ao ler sua resenha o protagonista desse livro me lembrou bastante o protagonista de Lua de Larvas, talvez pela inocência e carisma, o que já me deixou animada e curiosa pela história. Gosto de livros assim, mais leves, mas que, ao mesmo tempo, trabalham temas importantes e trazem histórias para aquecedor o nosso coração. Já adicionei aqui na minha lista e espero ter a oportunidade de lê-lo em breve.
www.sonhandoatravesdepalavras.com.br
Oi, não é o estilo de livro que me interessa, mas é ótimo quando o livro desperta os mais diversos sentimentos.
ResponderExcluirOi Fabiana, tudo bem?
ResponderExcluirA proposta desse livro é simplesmente uma das coisas mais maravilhosas que vi nos últimos tempos apesar da tristeza por esse menino ter uma família toda complicada. É impressão ou esse protagonista tem uma coisa meio Poliana? O otimismo desse menino é algo quase do outro mundo. Uma coisa linda de imaginar.
Um beijo de fogo e gelo da Lady Trotsky...
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