A série Bridgerton, inspiradas em uma sequência de livros da autora Julia Quinn, ganhou adaptação pelo streaming da Netflix e chegou para todos os assinantes no dia de Natal. Eu, como já li essa série da autora, decidi me aventurar e agora eu conto um pouquinho da minha experiência.
Essa é uma opinião pessoal e não há spoiler!
A família Bridgerton é uma grande família de Londres, onde Violet, mãe de nove filhos, cuida e mantem o lar. Anthony, o primogênito da família, é o que se encarrega de ajudá-la com todas as questões burocráticas. Mas no primeiro livro, assim como na primeira temporada, nós vamos conhecer a história de Simon Basset e Daphne Bridgerton, a filha mais nova.
Simon é um duque de Hastings e que acabou de retornar a Londres após seis anos viajando pelo mundo. Ele é aquele jovem rapaz rico, bonito e solteiro - e, eu diria, o mais desejado como genro por todas as mães da alta sociedade. Mesmo sendo um bom partido, ele tem um propósito que mantém firme até hoje: ele não quer casar. Nunca. E para conseguir manter essa sua promessa, ele terá que fazer um bom plano.
Apesar dele conhecer Anthony há anos, ele não conhece sua família e muito menos a Daphne. Mas quando os caminhos deles se cruzam, ele percebe o quanto ela é espirituosa e com uma personalidade forte. Ela está em sua temporada, onde precisa encontrar um marido, porém, todos os seus pretendentes são mais velhos, pouco inteligentes ou sem nenhum tipo de charme.
E é quando os dois são apresentados e ele a ajuda em um momento que poderia destruir a sua reputação, que ele tem a ideia de fingir um casamento. Como ele não quer casar e ela não quer se comprometer com nenhum dos pretendentes, essa é a melhor solução. Porém, apesar de todo fingimento de ambas as partes, o coração sempre falará mais alto e fará com que muitas coisas aconteçam ao longo do caminho.
Pela premissa da obra, já imaginamos como tudo vai desenrolar, né? Mas, a medida que vamos conhecendo os personagens, percebemos que eles possuem uma grande história por trás da aparência plena e tranquila. Sabemos que isso é algo comum, pois nem sempre demonstramos todos as nossas dores, principalmente quando o passado é tão assustador.
Quando li O Duque e Eu, confesso que gostei da obra, mas não foi a minha preferida da série. Ainda assim, decidi me aventurar por todos os livros dessa envolvente família e fiquei completamente envolvida com os acontecimentos e com a trajetória de cada um. Já na série, pude perceber inúmeras diferenças ao longo de cada capítulo.
Não irei falar quais são as diferenças que notei, pois isso seria spoiler e esse não é o objetivo do post, mas devo dizer que para quem leu os livros, deve ter reparado em alguns pontos que não são apresentados nas obras ou que possuem pouca aparição, mas que na telinha, ganhou um outro destaque. Um desses casos é a Marina. Essa personagem tem uma grande importância na série, porém, nos livros, vamos conhecê-la apenas em Sir Phillip, Com Amor - sexto livro da família Bridgerton.
Não sei dizer se essa mudança realmente me agradou. Em muitos momentos, eu e minha amiga comentávamos sobre como isso não era necessário, não naquele momento. Acho que a personagem poderia demorar um pouco mais para acontecer. Se realmente houver mais temporadas, cada uma dedicada a um irmão Bridgerton, então ela teria o momento ideal para isso. Mas como eu disse logo no começo desse post: essa é apenas a minha opinião.
Sobre as outras mudanças, nem vem ao caso comentar. O que realmente gostei muito nessa trama foi a forma como Simon e Daphne se envolvem. Em muitos momentos, estava realmente com raiva por ele não falar a verdade para ela, mas em outros, eu entendia que todo o trauma da sua infância impossibilitava de falar abertamente sobre o assunto. De qualquer forma, esse casal foi desenvolvido perfeitamente bem.
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Os outros personagens apresentados ganham o seu devido destaque também. Adorei acompanhar a amizade entre a Penélope e Eloise. Eu já gostava de acompanhá-las pelos livros, mas na série, essa emoção foi passada de uma forma diferente. Então esse foi um ponto alto e que gostei muito. Agora o Anthony... esse é um personagem que já não me agrava tanto nos livros, então na série, ele continuou não me agradando. Infelizmente.
Por fim, devo dizer que revelar, mesmo que ao público, quem era a Lady Whistledown foi algo que não esperava. Até mesmo para nós, leitores, essa informação é apresentava no quarto livro, se não me engano. Então achei que isso poderia ter sido aguardado um pouco mais. Se a Netflix não cancelar essa produção, espero que tudo desenrole perfeitamente bem nas próximas temporadas.
Então, o que eu realmente posso dizer? Bridgerton não é a minha série favorita. As mudanças apresentadas não me agradaram tanto, confesso. Sei que quando um livro ganha adaptação, isso pode acontecer, mas alguns toques modernos apresentados em uma série de época, não foi o que realmente me agradou completamente. Mas, exceto isso, é uma série boa, principalmente para quem ainda não teve a oportunidade de ler as obras.
❌ Essa série é proibida para menores de 16 anos, pois contém cenas de nudez e sexo.
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