Em algum momento você já gostou de uma pessoa que você nunca viu pessoalmente, nem mesmo uma foto ou qualquer informação sobre a vida pessoal, mas o sentimento estava ali, aflorando? Em O Cara dos Meus Sonhos (ou quase), publicado pela Plataforma 21 e escrito por Jenn Bennett, vamos conhecer a história de Bailey e Alex, dois personagens que moram em estados diferentes, não se conhecem e a probabilidade de algo acontecer é quase nula, mas o sentimento é algo impossível de evitar.
Bailey, também conhecida como Zibelina, é cinéfila e troca mensagens em um site específico para apaixonados por filmes com um carinha chamado Alex. Eles moram há mais de mil quilômetros de distância, nunca viram uma foto um do outro, mas possuem uma grande conexão.
E quando um festival de cinema vai rolar na Califórnia, onde Alex e o pai de Bailey mora, ele faz o convite. Ela fica insegura em saber se deve ou não viajar por quilômetros e viver essa experiência, afinal, ele pode ser totalmente diferente de suas idealizações. Por isso, quando um problema em casa surge, ela decide ficar com seu pai e não conta nada para Alex que estarão na mesma cidade - ao menos, não no começo.
"Às vezes a gente precisa passar por situações dolorosas pra perceber que é sempre mais forte do que imaginava." (pág. 54)
Quando chega na Califórnia, a procura secreta por Alex acaba se tornando cada vez mais distantes, pois ela arruma um emprego de verão, conhece pessoas novas, um carinha que acaba mexendo com seu coração e as coisas não saem mais como o esperado. Descobrir a verdadeira identidade de sua paixão do mundo virtual acaba ficando um pouco mais difícil.
Sabe aquele livro que, mesmo a gente já imaginando o que irá acontecer, mas que ainda assim é capaz de envolver, cativar e até mesmo surpreender em alguns momentos? Foi exatamente assim que me senti com "o cara dos meus sonhos (ou quase)". A autora soube como criar uma história maravilhosa e conduzi-la perfeitamente bem do começo ao fim.
Me envolvi totalmente com a trama e os personagens desde o primeiro capítulo, sem contar a conexão maravilhosa entre Bailey e Alex. É quase impossível não se identificar com essa amizade e até mesmo com o sentimento que aflora entre eles, principalmente se você teve ou tem alguém que mora tão longe de você, mas que ainda assim, existe essa ligação.
"Ao contar uma mentira, planeje contar outras vinte, pois elas se acumulam como lixo do dia anterior." (pág. 227)
Quando Bailey decide viajar para Califórnia e surpreender Alex, foi o momento que eu realmente queria devorar o livro até a última página. Eu precisava de respostas e como tudo iria acabar. Fiquei aflita com os acontecimentos e quando algo acontecia, impossibilitando esse encontro, me deixava ainda curiosa, sem querer largar a obra.
Mas, o que mais me chamou atenção nesse livro é que apesar de ser um clichê, a Jenn Bennett colocou alguns pontos importantes na obra. Pontos que trouxeram uma certa reflexão e até mesmo nos faz entender o porquê de alguns receios e medos dos personagens. Um ponto que quero ressalvar é que, muitas vezes, a gente acaba vivendo o mundo virtual e esquecendo de coisas que estão a nossa volta no mundo real. A gente vive tão preso em um "mundo paralelo" e, às vezes, precisamos de um tempo para nos reencontrar.
E como ambos os personagens são cinéfilos, durante cada início de capítulo, a gente encontra uma menção sobre algum filme e que faz sentido para os acontecimentos da obra. Confesso que isso foi um bônus para deixar a obra ainda mais perfeita! Acho que eu nem preciso dizer o quanto esse livro me conquistou imensamente, né?
Com uma escrita realmente leve e viciante, além de uma história que prende de uma forma única e conquista demais o coração de um leitor apaixonado por romance, nos faz até mesmo desejar viver algo igualzinho, Jenn criou um livro que nos faz suspirar, amar e sentir vontade de viver cada momento intensamente, afinal, a vida pode nos surpreender das mais diversas formas.
"É que às vezes, quando coisas traumáticas acontecem às pessoas, elas se retraem até se sentirem confortáveis. E tá tudo bem. Mas, quando elas enfim estão prontas pra voltar a participar da vida, podem estar confiantes demais e cometer erros. Aí não tá tudo bem." (pág. 308)
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