100 Pedaços de Mim, escrito por Lucy Dillon e publicado pelo selo Romances de Hoje da Editora Arqueiro, vai nos apresentar uma história repleta de sentimento e desapego.
Depois do fim de um relacionamento difícil, Gina Bellamy ainda está tentando se recuperar e se redescobrir. Nessa nova etapa de sua vida, ela percebe que os objetos dos quais ela sempre deu muito valor, simplesmente não encaixam mais no momento em que está vivendo.
Determinada em recomeçar a sua vida, ela decide se livrar de todas as coisas materiais, exceto 100 coisas das quais considera imprescindíveis. Mas o que vale a pena guardar? Cartas do único homem que ela amou? Lembranças de um pai que nunca conheceu? Um vaso de vidro azul que capta a luz do sol?
"A vida dá uma reviravolta em torno de momentos tão pequenos. Você tem um milésimo de segundo para pensar em como lidar com situações extremamente significativas e, bum, você toma a decisão errada e tudo dá errado. Um minuto antes estava indo bem. E agora..."
Se você fosse recomeçar a vida apenas com os itens que mais importam, os seus “verdadeiros tesouros”, o que iria manter?
Ao longo da leitura me peguei pensando exatamente nisso. Há coisas das quais não consigo desapegar, principalmente por ter alguma lembrança afetiva como, por exemplo, uma bicicleta de Barbie que ganhei da minha avó. Essa é uma lembrança que tenho dela e é algo do qual é impossível abrir mão.
"Quando uma coisa está feita, está feita, e ponto. Você deve seguir a vida, em vez de ficar pensando: e se tivesse sido assim? E se tivesse sido assado?"
E esse é um dos pontos que mais me encantei ao longo da leitura. A forma como a Lucy Dillon retratou essa jornada de autoconhecimento da personagem e de desapego, foi algo realmente incrível e que me deixou com vontade de fazer o mesmo. Conforme Gina ia abrindo mão de algumas coisas, ela ia se reencontrando um pouco mais e percebendo que há coisas que valem mais a pena.
Além disso, há outros acontecimentos ao longo da trama que me deixaram ainda mais apaixonada. Gina se mostrou uma mulher forte, guerreira e pronta para vencer qualquer batalha. Senti meu coração apertado por ela em muitos momentos, mas ainda assim, torcia para que ela se livrasse de tudo o que estava perturbando e seguisse a vida. É aquele famoso ditado: às vezes precisamos deixar algumas coisas do passado irem para poder viver o presente intensamente.
"Não adianta ficar revisitando as decisões que você tomou em determinada época com a perspectiva que tem agora. Nós nunca faríamos nada."
E o final… deixou com aquele gostinho de “quero mais”. Apesar dele ser um pouco aberto, ainda assim proporciona reflexões. Nos faz analisar, refletir e dá aquela vontade de viver cada segundo de nossas vidas.
Então posso dizer que além de amar completamente esse selo da Editora, 100 Pedaços de Mim foi uma leitura que me tocou bastante. Apesar da obra ter me proporcionado em alguns momentos um apertinho no coração, ainda assim foi capaz de trazer esperança e uma nova perspectiva da vida.
Título original: A hundred pieces of me
Escritora: Lucy Dillon
Editora: Arqueiro
Páginas: 416
Ano: 2021
Gênero: chick-lit / romance contemporâneo
SINOPSE
Depois de um fim de relacionamento difícil, Gina Bellamy ainda está tentando se recuperar e descobrir como viver sozinha. De repente, ela se dá conta de que os objetos aos quais deu valor durante tanto tempo simplesmente não se encaixam mais em seu novo momento.
Determinada a recomeçar do zero, Gina decide se livrar de todas as coisas materiais, exceto as 100 que considera imprescindíveis.
Mas o que vale a pena preservar? As cartas do único homem que ela já amou? Uma lembrança do pai que nunca conheceu? Ou um vaso de vidro azul que capta perfeitamente a luz do sol entrando pela janela, mesmo nos dias mais cinzentos?
À medida que deixa o passado para trás, Gina relembra tudo de bom que já aconteceu em sua vida e também se reconcilia com as coisas ruins. Durante esse ritual de autoconhecimento, descobre que todos os dias têm algo para ser aproveitado. E quando ela decide fazer exatamente isso, abre espaço para que a mágica aconteça...
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