O que faz a vida valer a pena? Essa é uma pergunta que me acompanhou ao longo da leitura de "a biblioteca da meia-noite".
Nessa história conhecemos Nora Seed, uma mulher de 35 anos cheia de talento, mas que teve poucas conquistas em sua vida. Isso a deixa frustrada e cheia de arrependimento, fazendo-a pensar que não faz motivo de estar viva e é quando ela tenta suicídio.
Mas quando isso acontece, Nora fica presa na biblioteca da meia-noite que faz com que ela experimente as vidas que teria vivido se tivesse tomado outras decisões e, com isso, ela poderá ter uma nova chance.
Que livro!
É exatamente dessa forma que devo começar essa resenha, afinal, uma obra dessa precisa ser lida por todo mundo!
É tão perceptível nos primeiros capítulos a forma como a Nora acumula tristeza e arrependimentos ao longo de sua vida. Todas decisões que ela tomou refletiram de alguma forma em sua jornada, mas e se ela tivesse feito diferente? E se tivesse tomado um outro rumo?
"Entre a vida e a morte, há uma biblioteca. E, dentro dessa biblioteca, as prateleiras não têm fim. Cada livro oferece uma oportunidade de experimentar outra vida que você poderia ter vivido. De ver como as coisas seriam se tivesse feito outras escolhas... Você teria feito algo diferente, se houvesse a chance de desfazer tudo de que se arrepende?" (pág. 41)
E quando finalmente chega nessa biblioteca da meia-noite e vê uma infinidade de possibilidades que sua vida poderia ter tomado, a história começa a desenrolar de uma maneira ainda mais viciante e envolvente, deixando a gente totalmente preso na trama e sem vontade alguma de largar o livro.
A forma como isso acontece é de deixar o coração apertadinho e pode até conter gatilhos para pessoas que já passaram ou passam por momentos assim, mas ainda assim, Matt Haig consegue explorar além, mostrando o que faz realmente a vida valer a pena.
"A gente passa tanto tempo desejando que a vida fosse diferente, se comparando com outras pessoas e com outras versões de nós mesmo, quando, na verdade, a maioria das vidas contém um certo grau de coisas boas e um certo grau de coisas ruins." (pág. 193)
Inúmeros questionamentos e reflexões rondaram minha cabeça ao virar de cada página. Toda ação que tomamos, gera alguma reação. Todo caminho que escolhemos, nos levam para um determinado lugar. Nunca saberemos exatamente como teria sido a nossa vida se tivéssemos escolhido algo diferente. Às vezes até nos questionamos "e se", mas será que vale a pena mesmo viver com essa dúvida?
"A biblioteca da meia-noite" foi uma leitura maravilhosa e que me tocou muito. Ela mostrou que a vida não é perfeita, independente do rumo que você escolha e sempre haverá algo que iremos nos arrepender, mas que não devemos deixar que isso nos consuma e, sim, que a gente aprenda com os erros.
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Editora: Bertrand Brasil
Neste lugar entre a vida e a morte, e graças à ajuda de uma velha amiga, Nora pode, finalmente, se mudar para a Austrália, reatar relacionamentos antigos – ou começar outros –, ser uma estrela do rock, uma glaciologista, uma nadadora olímpica... enfim, as opções são infinitas. Mas será que alguma dessas outras vidas é realmente melhor do que a que ela já tem?
Em A biblioteca da meia-noite, Nora Seed se vê exatamente na situação pela qual todos gostaríamos de poder passar: voltar no tempo e desfazer algo de que nos arrependemos. Diante dessa possibilidade, Nora faz um mergulho interior viajando pelos livros da Biblioteca da Meia-Noite até entender o que é verdadeiramente importante na vida e o que faz, de fato, com que ela valha a pena ser vivida.
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