Seria possível uma caixa de música com uma bailarina transformar a vida de alguém? Sem dúvidas para Carolina e Beatriz esse pequeno artefato mudou completamente o destino de ambas.
Aqui vamos conhecer duas personagens, em dois tempos diferentes:
A Beatriz é uma personagem do século 21, totalmente empoderada e determinada naquilo que deseja e sempre sonhou. Porém, com a chegada do COVID em 2020, sua vida também acaba mudando e ela vê a necessidade de adiar seus sonhos.
Só que algo muito diferente acontece: ela compra uma caixinha de música, com uma pequena bailarina, onde a moça afirma ser uma relíquia e Beatriz se vê totalmente apaixonada e presa naquele pequeno objeto. E aí, algo acontece que a faz acordar em 1900.
E é quando conhecemos Carolina, uma personagem que ao mesmo tempo que quer respeitar os pais e fazer tudo como manda o figurino da época, ainda existe algo dentro dela que quer ir além; que quer mostrar que ela pode mais do que ser esposa do pretendente que nem ela mesma escolheu.
E o mais engraçado de tudo é que Carolina também possui uma caixinha de música igual da Beatriz. Como seria possível? Como essas histórias se cruzaram? E da mesma forma que Beatriz chega em 1900, Carolina é transportada para a atualidade e vivencia algo totalmente diferente do seu mundo.
Que loucura, né? Imagina você acordar, de repente, séculos atrás, com um cotidiano e um mundo completamente diferente do qual está acostumado. Provavelmente eu não me acostumaria em uma época como essa e entraria "em parafuso" para tentar encontrar respostas e modo de voltar para a atualidade.
E inicialmente é exatamente o que acontece com as nossas personagens, afinal, como explicar o que aconteceu com ambas? E cada uma vai descobrindo mais sobre a outra, sobre o tempo em que estão, como as coisas acontecem ou aconteceram na época e vão tentando se adaptar enquanto não encontram respostas.
O mais interessante de tudo é a forma como Beatriz parece se adaptar bem ao passado e a empolgação em conhecer um dos seus autores favoritos - Machado de Assis. Ela soube como explorar tudo à sua volta e fazer dessa a sua nova realidade. Já Carolina demorou um pouco mais para entender tudo o que estava acontecendo, porém, o mais belo sentimento ajudou-a encontrar o seu caminho.
Estou falando do amor, é claro. O sentimento mais poderoso e que é capaz de ultrapassar tempos e até mesmo séculos. Nessa jornada, ao meu ver, cada uma tinha a sua missão e precisava encontrá-la e foi exatamente o que presenciamos no decorrer de cada capítulo.
Além disso, Beatriz e Carolina acabam descobrindo mais sobre si mesmas nessa jornada. Existe uma explicação para que isso tenha acontecido? Sim e vamos descobrir nos capítulos finais, mas o amadurecimento e o reconhecimento sobre quem elas realmente são, é algo que fica bem marcado em cada capítulo.
Gostei da forma como a Lu Piras apresentou essas passagens de tempo, fazendo com que o leitor entendesse perfeitamente o que estava acontecesse e até mesmo fizesse parte da trama em alguns momentos. Gostei do livro, gostei da escrita, mas não consegui me conectar tanto com as personagens e até mesmo com a obra como eu esperava.
De qualquer forma, foi a minha experiência com o livro, mas ainda assim acredito que seja uma obra que conquiste o coração de muitos outros leitores, afinal, quem gosta dessas "viagens através dos séculos" e que intercala entre um romance contemporâneo e um romance de época, com certeza vai adorar conhecer a jornada a Beatriz e Carolina em "a caixa de música".
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- Título original: A caixa de música
- Escritora: Lu Piras
- Editora: VR
- Páginas: 384
- Ano: 2022
- Gênero: literatura nacional / romance
- Classificação: +14
É tipo uma sexta-feira muito louca, né? Mas viajando no tempo. Amei! De forma divertida a gente acaba até aprendendo mais sobre o Brasil. Mas será que elas conseguem se encontrar? Fiquei bem curiosa! Obrigada pela resenha. Vi também que vc leu livro da Jill Manssel, já li 2 dela e já quero que todos venham para o Brasil. Eu tenho um blog também e está super convidada a conhecer.
ResponderExcluirbeijos, fique com Deus!
https://yvieentreoslivros.blogspot.com/2023/01/sobre-rocha.html
É exatamente isso! hahaha (inclusive, amo esse filme). Posso dizer que há uma forma delas se comunicarem, sim, e é bem interessante. :D
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