"A livraria dos finais felizes" vai contar a história de uma personagem que nunca saiu da Suécia, exceto pelas páginas dos diversos livros que lê.
Nossa personagem principal tem 28 anos e é completamente apaixonada por livros. Quando sua amiga Amy, uma senhora com quem troca livros pelo correio há anos, a convida para visitá-la na cidade de Broken Wheel, Iowa, é quando Sara, finalmente, decide sair pela primeira vez da Suécia e se aventurar.
Só que essa aventura vai acabar sendo completamente diferente do que ela esperava. Ao chegar lá, ela descobre que Amy faleceu. Nesse momento, Sara se vê desacompanhada na casa da amiga, em uma cidade pequena e desconhecida, e começa a pensar que talvez esse não seja o tipo de férias que ela havia planejado.
Por se tratar de uma cidade pequena, todos se conhecem e Sara percebe que não está sozinha. Muitas pessoas a conhecem através das cartas que ela trocava com sua amiga e com o passar dos dias, Sara percebe que Broken Wheel é uma cidade monótona e precisa de alguma aventura e, talvez, uma pitada de romance. E é quando a brilhante ideia de abrir uma livraria surge.
Será que é isso que todos da cidade buscam ali? Será que esse é o ponta pé inicial que Sara precisa em sua jornada? É o que iremos descobrir ao longo de "a livraria dos finais felizes".
Sabe aquele livro que desperta o interesse através do título e de uma capa simples, porém chamativa? Foi exatamente assim que me senti atraída por essa obra.
No começo da leitura, conhecemos uma personagem que tem uma vida tranquila na Suécia e que nunca pensou em sair dali. Mas através das páginas dos livros que lê, ela vive diversas aventuras, se apaixona por diversos lugares, porém não vive isso na vida real.
Viajar para outro lugar de uma hora para outra foi o momento mais ousado da personagem principal, afinal, ela iria para um lugar desconhecido, encontrar uma pessoa que troca cartas há anos e tudo isso seria uma nova jornada em sua vida.
Até aí a história vai acontecendo de forma amena, mas ao chegar na cidade Broken Wheel é quando a obra vai desenrolando um pouco mais e conhecemos muito além da Sara: também conhecemos os personagens secundários.
Isso é um ponto legal. Gosto de ver esses personagens ganhando vida através das páginas, porém, a forma como a autora apresentou ao longo dos capítulos, devo confessar que me deixou confusa.
Cada capítulo, aparentemente, é retratado de algum desses personagens ali na pequena cidade. Conhecemos alguns pontos de suas vidas e como cada um vai acabar influenciando na vida de Sara. Mas a forma como Katarina Bivald descreveu, foi de uma maneira que não mostrava de quem era a voz daquele capítulo, entende? Então isso acabou me afastando bastante da leitura.
A premissa do livro é realmente muito boa, afinal, sair de sua zona de conforto, se aventurar no desconhecido e ainda abrir uma livraria, é algo realmente corajoso. Isso, sem dúvidas, foi algo que me deixou envolvida na trajetória da personagem principal, mas por outro lado, acabei "me perdendo" ao longo dos capítulos.
Essa é uma história de uma personagem que se aventura no desconhecido, que busca coragem de ultrapassar as suas próprias barreiras internas e uma nova forma de enxergar e viver sua vida. Uma personagem que demorou anos para se encontrar, mas quando decidiu fazer, percebeu que a vida vai muito além das páginas dos livros.
Então se "a livraria dos finais felizes" tivesse desenrolado alguns acontecimentos de uma maneira diferente para que a leitura não ficasse lenta e até mesmo cansativa em alguns pontos, assim como o desenvolvimento melhor da voz de cada personagem que estivesse narrando, sem dúvidas teria sido uma leitura de aquecer imensamente o coração.
Escritora: Katarina Bivald
Editora: Suma
Páginas: 336
Ano: 2016
Gênero: romance
Classificação: +15
SINOPSE
Sara tem 28 anos e nunca saiu da Suécia - a não ser através dos (vários) livros que lê. Quando sua amiga Amy, uma senhora com quem troca livros pelo correio há anos, a convida para visitá-la na cidade de Broken Wheel, Iowa, Sara decide se aventurar. Mas, ao chegar lá, descobre que Amy faleceu. Sara se vê desacompanhada na casa da amiga, em uma cidade muito pequena, e começa a pensar que talvez esse não seja o tipo de férias que havia planejado. Com o tempo, Sara descobre que não está sozinha. Nessa cidade isolada e antiga, estão todas as pessoas que ela conheceu através das cartas da amiga: o pobre George, a destemida Grace, a certinha Caroline e Tom, o amado sobrinho de Amy. Logo Sara percebe que Broken Wheel precisa desesperadamente de alguma aventura, um pouquinho de autoajuda e talvez uma pitada de romance. Resumindo: a cidade precisa de uma livraria.
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