Como lidar com seus irmãos mais velhos e seus pais sempre questionando suas decisões? É quando Nina se muda da Inglaterra para Paris para recomeçar sua vida.
Desde pequena, Nina Hadley enfrenta seus irmãos mais velhos lhe dizendo o que fazer. Isso em um certo momento até poderia ser uma proteção, mas depois, acabou sendo algo incomodo. Só que além deles, seus pais também não conseguem aceitar que ela cresceu e sempre questionam as decisões que ela toma.
Quando ela é dispensada do restaurante em que trabalha, Nina vê a oportunidade perfeita de se mudar da cidadezinha no interior da Inglaterra para a tão apaixonante Paris e ajudar um chef na produção de um curso de confeitaria durante as próximas sete semanas.
Porém, é claro, que tudo isso não é tão simples assim. O chef é Sebastian Finlay, um homem do qual ela manteve uma paixão secreta quando era pequena e, além de tudo, é amigo de seu irmão. Tudo o que ela não precisa é ter mais alguém querendo dizer o que ela deve fazer.
Com sua arrogância — que poderia ser apenas pela perna quebrada —, ela vai tentar contornar diversas situações e mostrar suas habilidades na cozinha; habilidades que nem ela imaginava que tinha e também conhecer pessoas durante sua jornada em Paris e que farão ela enxergar além do que imagina.
Quantas vezes precisamos que algo aconteça em nossa vida para podermos tomar uma decisão que adiamos por tanto tempo? Esse é um dos questionamentos que "a pequena confeitaria de Paris" me trouxe.
Nina sempre quis viver a sua vida da sua própria maneira. Apesar de amar os irmãos e os pais, ter sempre alguém lhe dizendo como deve fazer determinada coisa, não é legal. Ela precisava de um tempo apenas com ela mesma para se descobrir e tomar as próprias decisões, mesmo que isso significasse quebrar a cara.
E foi nessa jornada em Paris que tudo começou a acontecer. A nossa personagem acabou descobrindo o quanto ela poderia ser boa em confeitaria. Em quanto essa paixão estava dentro dela esse tempo todo e ela só não tinha conseguido — ainda — explorar. Ela acaba se redescobrindo de diversas maneiras.
A pior parte disso tudo, sem dúvidas, é lidar com uma paixão do passado. Por Sebastian ser amigo do seu irmão, Nina nunca comentou sobre os sentimentos que trazia em seu peito. Qual seria a importância disso? Com certeza ele a via apenas como a irmã mais nova do seu amigo. E reencontrá-lo, anos depois, ainda mais bonito do que ela esperava, mexeu novamente com seu coração.
Claro que a arrogância do personagem acaba sendo um ponto explorado ao longo da narrativa. Ele tenta parecer durão com tudo que está acontecendo, principalmente por ter um gesso em sua perna e ter que depender de pessoas o ajudando, mas também, fica ali nas entrelinhas, que um dos motivos que afloraram ainda mais foi com a chegada de Nina.
Mesmo com todos os acontecimentos ao longo dos capítulos, ainda assim, não consegue me apegar totalmente aos personagens e nem a trama. Gostei de como a Julie Caplin apresentou a Nina, uma mulher que precisava viver a própria vida, encontrar seus próprios desejos e sonhos. Uma mulher que amadureceu bastante em sua jornada.
Os personagens secundários também são bem importantes para a trama e gostei de conhecê-los nessa história. Já Sebastian fiquei um pouco na dúvida. Acabei gostando um pouco mais dele no final, mas achei que foi quando tudo transcorreu mais rápido. Como se "num piscar de olhos", o clima e tudo ficasse perfeito entre eles, sabe?
Apenas com essa pequena ressalva, devo dizer que gostei de "a pequena confeitaria de Paris", mas não amei. Ele é o terceiro livro da série Destinos Românticos, sendo o primeiro "o pequeno café de Copenhague" e o segundo (e meu preferido até agora) "a pequena padaria do Brooklyn".
Para quem gosta de uma história de romance, onde o personagem tenta esconder seus sentimentos e uma personagem tenta uma jornada de autoconhecimento, tenho certeza que vai gostar de se aventurar por essas páginas.
Escritora: Julie Caplin
Editora: Arqueiro
Páginas: 352
Ano: 2023
Gênero: romance contemporâneo
Classificação: +15
SINOPSE
Nina Hadley está acostumada, desde pequena, com os irmãos mais velhos sempre lhe dizendo o que fazer. E os pais não ficam atrás: não conseguem aceitar que ela cresceu e questionam todas as suas decisões.
O golpe final em sua autoestima é decretado quando Nina é dispensada do restaurante em que trabalha.
Por isso, quando tem a chance de se mudar da cidadezinha em que foi criada, no interior da Inglaterra, para Paris, e ajudar um chef na produção de um curso de confeitaria de sete semanas, acaba decidindo que não tem nada a perder.
Só tem um problema: o chef em questão é Sebastian Finlay. Além de ser um poço de arrogância, ele é o homem por quem Nina é secretamente apaixonada desde sempre e que só a vê como a irritante irmã mais nova de Nick, seu melhor amigo.
Nas semanas seguintes, entre éclairs e macarons, ela descobre habilidades que nem imaginava que tinha e conhece pessoas que se tornarão imprescindíveis em sua vida.
Enquanto seu talento desabrocha, Nina passa a se enxergar como uma nova mulher. E Sebastian passa a vê-la como uma tentação mais irresistível do que qualquer uma de suas criações culinárias.
Postar um comentário