Já parou para pensar em como nossas atitudes desde a infância podem dizer muito sobre nós no futuro e até mesmo nos impactar de alguma forma? É o que a autora Baek Sehee conta ao longo de sua obra.
"Queria morrer, mas no céu não tem tteokbokki" é um livro que conta a história da autora e que vai muito além da capa e título.
Ela, uma mulher dos anos 1990, tem uma personalidade ansiosa e depressiva. Mas, na verdade, desde pequena, sempre foi introvertida e ultrassensível.
Mesmo quando está com seus amigos, Baek sente um vazio e, muitas vezes, acha que as pessoas estão ali com ela apenas por estar e não por gostarem dela. Será que gostam de sua aparência? Será que tudo isso a torna estranha?
Agora, na fase adulta, ela decide procurar terapia. Ela busca entender a si mesma e encontrar explicações com mais nitidez sobre sua personalidade e seus sentimentos. É hora de buscar uma nova fase para a sua vida.
Esse é aquele livro que foge completamente da minha zona de conforto e posso dizer que me surpreendeu positivamente.
A autora, Baek Sehee, foi corajosa em abrir seu coração através das páginas e em mostrar como seus pensamentos sempre a atormentavam e como ela estava disposta a mudar isso.
Ao longo da narrativa, percebemos como seus sentimentos sempre foram conflitantes. Em muitos momentos ela estava confusa em saber se as pessoas gostavam realmente dela; em outros ela falava algo sem pensar e acaba afastando pessoas ao seu redor. E com a terapia ela conseguiu entender mais sobre sua personalidade e tudo que estava passando em sua mente.
Essa obra também conta com diálogos entre Baek e seu psiquiatra. Ela compartilha tudo o que sente e suas respostas trazem reflexões e não somente para ela, mas também para o leitor.
O que mais gostei nesse livro foi isso, sabe? Muitas vezes não entendemos muito das nossas emoções, tentando justificar algo de alguma maneira ou criamos diversas teorias em nossa mente, mas às vezes, é algo muito mais simples do que imaginamos.
Aqui, a autora mostrou realmente a importância de buscar ajuda, de fazer terapia. Esse pequeno passo pode mudar muita coisa em nossa jornada, fazer principalmente com que nos conheçamos melhor e aprendermos a lidar com situações de maneiras diferentes.
Um dos trechos que mais me impactou ao longo da leitura foi esse aqui:
"As coisas vão melhorar com o tempo. Ou não; tudo é dinâmico, o que significa que a vida vai ter momentos de muita felicidade, assim como momentos ruins, indo e vindo como ondas no mar. Se estou triste hoje, estarei feliz amanhã; e, se estou feliz hoje, estarei triste amanhã — e tudo bem. Desde que continue me amando.
Sou uma pessoa completamente única neste mundo, alguém de quem devo cuidar para o resto da vida e, portanto, alguém que devo ajudar a dar cada passo para a frente, com afeto e paciência, para me permitir descansar em alguns dias e me encorajar em outros — acredito que, quanto mais eu olhar para dentro deste ser estranho, eu mesma, mais rotas encontrarei para a felicidade."
E sabe por que desse impacto? Porque ele é realista. Por ele mostra que Baek Sehee passa por ansiedade, assim como diversas outras pessoas e incentiva a não desistir, sempre buscar maneiras de recomeçar e encontrar a felicidade.
Então "queria morrer, mas no céu não tem tteokbokki" é uma leitura que nos faz refletir sobre o cotidiano, sobre a vida e sobre como cuidamos de nós mesmos. É uma leitura que pode trazer identificação e também te ajudar dar aquele passo mais importante em sua vida.
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Título original: I want to die, but I want to eat tteokbokkiEscritora: Baek Sehee
Editora: Universo dos Livros
Páginas: 192
Ano: 2023
Gênero: biografia
Classificação: +13
SINOPSE
Baek Sehee é uma jovem adulta com uma personalidade ansiosa e depressiva. A verdade é que, desde pequena, ela era introvertida e ultrassensível ― e as páginas do seu diário da infância não escondem que ela se sentia meio para baixo com frequência. Mesmo enquanto cai na risada com seus amigos, Baek sente um vazio interno profundo e que não faz sentido para ela.
Agora, na fase adulta, além de conseguir pequenas doses de felicidade com a sua comida de rua favorita ― o tteokbokki, um bolinho de arroz quente e picante ―, Baek decide buscar na terapia uma ajuda mais certeira, e não comestível. Ela busca entender a si mesma e finalmente encontrar explicações e mais nitidez sobre a própria personalidade, que parecem ter lhe faltado durante toda a sua vida.
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