Já imaginou o quanto a sua vida pode mudar com uma simples conversa, um pequeno vínculo de amizade?
Nessa história, vamos conhecer Iona, uma mulher bem extrovertida e colunista em uma revista famosa, que percorre de trem as dez paradas de Hampton Court a Waterloo e sempre acompanhada por sua cachorrinha, Lulu.
Durante suas viagens de trem, ela sempre vê as mesmas pessoas, as quais conhece apenas pelos apelidos que dá para cada uma delas. Só que, é claro, elas nunca conversaram, afinal, essa é a primeira regra do transporte público de Londres.
Só que tudo muda quando, em uma manhã, um homem se engasga com uma uva bem na sua frente e, como num piscar de olhos, um grupo bem eclético com quase nada em comum começa a se formar durante esse trajeto de trem todas as manhãs e toda a trama começa a desenrolar.
Esse foi o segundo livro que li da autora e, mais uma vez, ela soube como me conquistar com a sua narrativa envolvente, apresentando o ponto de vista de vários personagens, suas camadas e como as histórias acabam se conectando.
E posso dizer que “as pessoas na plataforma 5" foi uma grata surpresa!
Ao longo dessa história, vamos conhecendo bastante da vida da Iona e como a sua jornada e o seu conhecimento vão ajudando as pessoas daquele trem. Ela é uma mulher de +50 anos e passa por alguns problemas em seu trabalho, mas, ainda assim, ela sabe como contornar tudo de uma maneira incrível.
Além dela, também somos apresentados para outros personagens como Emmie, Sanjay, Pier e Martha. Cada personagem tem uma idade bem diferente e tem a sua própria história para contar. Cada um está passando por um problema ou conflito interno, mas como estão sempre no mesmo trem, sempre com Iona, eles acabam criando um vínculo de amizade bem interessante e bonito.
Isso é algo que gosto muito na escrita da Clare Pooley, pois ela sabe como apresentar vários pontos de vista, mas que se conectam de alguma forma, trazem toda a importância necessária para a narrativa e deixa a leitura super envolvente e intrigante.
Essa é aquela história que vai nos apresentar sobre os problemas do cotidiano: em como a diferença de idade pode afetar a carreira profissional; em como um casamento pode desmoronar por conta de interesses financeiros; em como salvar vidas pode ser incrível, mas pode causar crises de ansiedade; em como não devemos confundir proteção com manipulação; em como uma simples fofoca pode afetar imensamente a vida de alguém.
São tantas camadas apresentadas, mas que apresentam uma beleza única, sabe? Pois adorei acompanhar os personagens e todos os seus dilemas. Foi realmente maravilhoso descobrir um pouquinho sobre suas vidas e como tudo acabou se conectando, assim como todas as reflexões e jornadas de autodescoberta que essa obra proporcionou.
“As pessoas na plataforma 5" é uma história onde desconhecidos têm seus caminhos cruzados por um destino de trem, mas que acaba se transformando em uma grande amizade e até mesmo o ponto de refúgio de cada um deles.
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Título original: The people on platform 5
Escritora: Clare Pooley
Editora: Verus
Páginas: 336
Ano: 2024
Gênero: romance
Classificação: +16 anos
SINOPSE
Todos os dias, Iona Iverson, uma extrovertida colunista que dá conselhos em uma revista famosa, percorre de trem as dez paradas de Hampton Court a Waterloo acompanhada por sua cachorrinha, Lulu. Todos os dias ela vê as mesmas pessoas, as quais conhece apenas pelo apelido que dá a cada uma delas. Claro, eles nunca conversam. Todo mundo sabe que a regra nº 1 no transporte público de Londres é não conversar com estranhos.
Até que, em uma manhã, o homem que ela chama de Surbiton Chique-Mas-Sexista engasga com uma uva bem na sua frente. Ele não morre graças à ajuda de Sanjay, o Suspeitamente Bonzinho de New Malden, que lhe aplica a manobra de Heimlich. Esse único evento inicia uma reação em cadeia, e esse grupo eclético de pessoas sem quase nada em comum ― exceto o trajeto que percorrem toda manhã ― vai descobrir que as suposições que faziam um sobre o outro não chegam nem perto da realidade.
Pelo jeito, conversar com estranhos pode ensinar muito sobre o mundo ao seu redor ― e mais ainda sobre você mesmo.
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