Resenha | Os dias em que mais te amei, de Amy Neff

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

 Você conseguiria viver após perder a pessoa que você mais ama na vida?

Amy Neff


No verão de 1941, Josephy e Evelyn se apaixonaram. Agora, mais de 70 anos depois, eles reúnem seus três filhos adultos para compartilhar uma notícia que vai mudar completamente a vida de todos: em um ano, eles vão dar fim à própria vida.

Evelyn foi diagnosticada com uma doença que só vai fazê-la piorar nos próximos meses e Josephy não pode e não quer viver sem ela. Qual seria o sentido de sua vida não ter a única pessoa que amou ao seu lado?

Então, agora que todos já estão cientes de o que pretendem, tudo que eles querem é compartilhar todos os momentos que lhe restam, seja os momentos mais felizes ou os mais tristes. Querem criar novas memórias, realizar sonhos e se conectarem ainda mais com cada um de seus filhos.

Só que conforme os dias vão passando, confrontando a dura realidade da decisão, muitas coisas vão surgindo ao caminho que dúvidas começaram a surgir.

Amy Neff

"Os dias em que mais te amei" era um livro que estava extremamente curiosa para ler, afinal, eu amo obras com uma boa carga emocional e esse entregou exatamente isso.

Comecei a leitura já com o coração na mão. Como não ficar emocionada e apreensiva com a decisão de Josephy e Evelyn?

E, ao longo dos capítulos, Amy Neff vai nos apresentando o passado e o presente dos personagens, tudo que eles viveram quando se conheceram, em 1941, o que enfrentaram ao longo dos anos, os altos e baixos de um relacionamento, e todas as situações que estão passando agora, no presente, com a decisão que tomaram.

Confesso que nos capítulos do passado foram os que mais me conquistaram. Apesar de serem jovens, eles se apaixonaram perdidamente, mas precisaram enfrentar muitas coisas ao longo desses anos, como Josephy indo servir o país; ela viajando para outro estado por decisão da mãe e todas as crises que vivenciaram desde a chegada do primeiro filho.

O relacionamento deles não é perfeito, mas qual relação é? E isso foi o que mais gostei nesse livro porque a autora retratou perfeitamente bem tudo isso, mostrando que toda relação tem momentos maravilhosos, mas também momentos em que é preciso respirar fundo para não acabar com algo que já foi construído.

Já nos capítulos atuais, a autora trouxe três capítulos na visão dos filhos do casal, onde conseguimos entender um pouquinho mais sobre eles, como estão lidando com a decisão dos pais e alguns dilemas de suas vidas que acabam, de certa forma, se conectando com toda a trama.

Então, eu gostei do livro. É um livro de drama, que traz todos os altos e baixos de um relacionamento e fala muito sobre amor verdadeiro, mas, ainda assim, não me conquistou totalmente como eu esperava.

Acho que a decisão tomada por eles foi um ato egoísta. Eles estavam pensando apenas neles e nos sentimentos que nutriam um pelo outro, mas e os filhos? Apesar de já terem suas vidas, ainda assim, ninguém quer perder os pais. Ninguém quer perder alguém que ama.

Apesar de tudo, é uma leitura que mostra que é possível encontrar beleza e esperança mesmo nos momentos mais difíceis.


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Amy neff
Título original: The days I loved you most
Escritora: Amy Neff
Editora: Record
Páginas: 350
Ano: 2024
Gênero: drama
Classificação: +16 anos

SINOPSE
No verão de 1941, na cidadezinha litorânea onde foram criados, Joseph e Evelyn se apaixonaram. Agora, mais de sessenta anos depois, eles reúnem os três filhos adultos para compartilhar uma notícia estarrecedora: dentro de um ano, vão dar fim à própria vida. Ela recebeu um diagnóstico atroz, e ele não pode ― e não vai ― viver sem ela.

Na medida em que Evelyn e Joseph enfrentam o próprio destino, iniciam um acerto de contas com as alegrias e os arrependimentos, os prazeres e as tristezas que os trouxeram até o momento presente. E embarcam em uma jornada para criar novas memórias, realizar seus maiores sonhos e, antes de partirem, se conectar com cada um de seus filhos.

Mas, conforme seus últimos dias se aproximam, eles se veem confrontados com a dura realidade da decisão que tomaram. Será que eles vão conseguir levar o plano adiante?

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