Resenha | Te vejo ontem, de Rachel Lynn Solomon
terça-feira, 30 de abril de 2024
E se você tivesse apenas o hoje, o que faria diferente?
Barrett está empolgada para começar a faculdade. O Ensino Médio não foi muito legal, principalmente as últimas semanas. Muitas coisas aconteceram em sua vida e tudo que ela deseja é que agora, na faculdade, ela possa viver tudo de uma maneira melhor, porém, nem tudo é como ela desejava.
Em seu primeiro dia na universidade, Barrett descobre que Lucie é a sua colega de quarto. O problema é que elas costumavam serem amigas, mas algumas coisas aconteceram e Lucie não a suporta mais. Como vai conseguir fazer com que esses anos de faculdade sejam bons?
Como se isso já não bastasse, o final desse dia se demonstra um completo desastre e é quando, ao acordar na manhã seguinte, é 21 de setembro de novo. Barrett não consegue entender o que aconteceu e como isso é possível, mas ela está revivendo o mesmo dia e isso começa a acontecer por várias semanas seguintes.
Só que para ajudá-la nessa descoberta, Miles, o carinha da turma de física que a irritou logo nos primeiros minutos de aula, também está preso nesse dia há meses e é quando, juntos, vão tentar desvendar esse enigma e voltarem para suas antigas vidas.
“Te vejo ontem” foi uma leitura que alugou um triplex em minha cabeça, principalmente por conta das questões de viagens no tempo, vida alternativa e infinitas possibilidades.
Assim que comecei a leitura, achei que não iria conseguir me apegar tanto a trama e a personagem porque Barrett parecia um pouco chata. Quando ela fica presa no mesmo dia, é compreensível as suas atitudes e a forma que ela tenta lidar com isso.
Então, até aí, a leitura estava boa, mas era só isso. Só que a história foi ficando melhor quando Miles surge e começa a compartilhar suas teorias sobre o motivo de estarem presos nesse dia. Foi quando fiquei completamente presa e envolvida na trama.
Claro que inicialmente fiquei um pouco confusa com todas essas questões abordadas ao longo dos capítulos, mas, aos poucos, fui entendendo todas as teorias, em como os acontecimentos poderiam estar interligados e extremamente curiosa de como iriam resolver isso (se iriam) e se mudaria algo na linha do tempo.
Além desses pontos mais complexos ao longo da leitura, Rachel Lynn Solomon também trouxe diversas outras questões ao longo da narrativa, sobre em como o bullying pode afetar a vida de alguém e a dor pode ser algo constante a partir desse ato, ocasionando vários “bloqueios” ao longo da jornada da pessoa; trouxe representatividade, mesmo que de uma maneira sútil, e algumas reações como ataques de pânico e ansiedade.
A autora também trouxe muitas reflexões ao longo das páginas. O que faria a gente ficar presa em um único dia? O que daria para fazer diferente? O que precisaria ser diferente? Será que o problema está nesse dia ou em algo relacionado a ele?
É impossível dizer, mas o que aprendemos com essa obra é que precisamos viver intensamente o hoje. Não sabemos se o amanhã irá chegar. É importante ser bondoso, gentil e cuidadoso com as palavras para não machucar pessoas que amamos, mas também podemos consertar nossos erros enquanto podemos.
E é claro que além de tudo já citado, também teve romance ao longo da trama. Rachel soube como mostrar, mesmo que de uma maneira singela, os receios e traumas da Barrett, o que tanto incomodava Miles em sua outra linha do tempo, em como eles eram diferentes em algumas coisas, mas também tinham muito em comum e como esse acaso acabou traçando essa possibilidade para eles.
Esse foi meu primeiro contato com a escrita da autora e eu adorei como ela soube desenrolar tudo perfeitamente bem ao longo dos capítulos. Fiquei realmente apaixonada pelo desenvolvimento, pelas questões abordadas e pelo desenrolar dos personagens.
Então, “te vejo ontem” é um livro sobre possibilidades, novos começos, novas oportunidades. Um livro jovem adulto, com uma boa dose de humor e elementos essenciais que completaram perfeitamente a trama.
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Título original: See you yesterdayEscritora: Rachel Lynn Solomon
Editora: Galera
Páginas: 378
Ano: 2023
Gênero: jovem adulto
Classificação: +15
SINOPSE
É o primeiro dia da universidade.
O único desejo de Barrett Bloom é que este seja um novo começo após a experiência complicada que foi o ensino médio. Mas, logo de cara, tudo dá errado.
Ela é humilhada pelo sabe-tudo da turma de física, estraga a entrevista para o jornal da faculdade e, em uma festa naquela noite, acidentalmente incendeia uma fraternidade. Depois de entrar em pânico e fugir, percebe que sua colega de quarto a trancou fora do dormitório, e acaba caindo no sono na área comum dos alunos.
Na manhã seguinte, Barrett ainda não está pronta para encarar um novo dia. Mas, para sua surpresa, acorda em sua própria cama, e nem está mais cheirando a cinzas e sonhos despedaçados. Algo muito estranho está acontecendo: é 21 de setembro. De novo! E depois de um confronto com Miles, o sabe-tudo da turma de física, ela descobre que não está sozinha. Ele está preso no mesmo dia há meses.
Quando suas tentativas de consertar a linha do tempo falham, ela concorda em se unir a Miles para encontrar uma saída. Juntos, eles exploram o misterioso submundo da universidade e pesquisam alternativas científicas para se livrarem do loop temporal. Aos poucos, Barrett e Miles começam a se apaixonar, e se deparam com a maior questão ainda não respondida do universo: o que acontecerá com os dois se eles finalmente chegarem ao amanhã?
Ela precisa apenas que amanhã seja um novo dia... Mas nunca é.
Resenha | De repente adulta, de Sarah Turner
segunda-feira, 29 de abril de 2024
Já imaginou em como a vida pode mudar em um piscar de olhos? Foi exatamente o que aconteceu com Beth.
A nossa personagem principal nunca se prendeu a nada. Todos os empregos eram como temporários em sua vida. Seus relacionamentos também não progrediam tanto e ela ainda dorme no quarto de infância na casa dos seus pais.
Beth sabe que com 31 anos está na hora de encontrar um rumo em sua vida. Sabe que precisa estabelecer um compromisso consigo mesma, porém, falta algo em sua jornada para que se sinta totalmente motivada em dar esse passo.
Porém, algo inesperado acontece. Quando sua irmã e seu cunhado sofrem um acidente de carro e Beth se vê responsável pela sua sobrinha adolescente e seu sobrinho pequeno, é quando a história vai começar a acontecer e ela precisará encarar a vida de uma maneira diferente.
“De repente adulta” foi uma leitura que me prendeu do começo ao fim.
Uma das coisas que mais me envolveu nessa narrativa foi como a autora trabalhou os acontecimentos. O livro vai muito além da capa, pois são acontecimentos marcantes, dolorosos e mudam a vida de todos. Sarah Turner soube como trazer essas questões e deixar o coração apertadinho em diversos pontos.
Outro ponto que gostei demais dessa história foi como é perceptível a mudança de estilo de vida de Beth e as responsabilidades que ela foi criando ao longo dos capítulos.
No começo temos uma personagem que não sabe muito bem o que ela quer da vida. Mesmo com seus 30 e poucos anos, ela ainda não conseguiu encontrar seu lugar no mundo e eu gostei disso na trama, afinal, quando somos mais jovens, imaginamos que com essa idade estaremos com uma carreira estável, com uma vida perfeita, mas nem sempre é assim.
Muitas vezes não encontramos o que queremos ou o que gostamos tão facilmente. Muitas vezes precisamos nos reencontrar ao longo da nossa jornada; precisamos recomeçar e tomar decisões que mudam completamente tudo. Então ver isso retratado em uma obra, acabou me fisgando bastante.
Além disso, também teve a questão de julgamentos alheios, do que as pessoas pensavam sobre ela e suas atitudes. Isso é algo tão comum em nosso cotidiano, né? Sempre existirá alguém para julgar o jeito que levamos a nossa vida, as escolhas que fazemos e tudo mais.
Mas, como falei, Beth vai amadurecendo e criando responsabilidades ao longo da trama. Isso, sem dúvidas, foi incrível! Sua vida mudou de uma hora para a outra e de uma maneira inesperada, mas é bem perceptível o quanto ela se dedicou em fazer tudo certo, em mostrar para todos, principalmente para a sua mãe, de que ela conseguia cuidar de seus sobrinhos; que ela era capaz de ser uma pessoa melhor, uma pessoa diferente.
Além dessas questões retratadas, a autora também apresentou uma pitadinha de romance. E por que digo que foi uma pitadinha? Porque ao longo dos capítulos percebemos os sentimentos ocultos da Beth pelo seu melhor amigo, porém, por que eles iriam estragar uma amizade de anos? Então essa história foi desenrolando aos pouquinhos e acabei gostando de como foi conduzida.
Minha única ressalva dessa leitura foi a questão dos capítulos finais e o final da trama.
“De repente adulta” é um livro que vai desenrolando gradualmente, pois conseguimos entender por tudo que Beth está passando em sua vida, em como essas mudanças afetaram não só ela, mas toda a sua família, a esperança de que tudo volte a ser como era antes… então a gente acaba se apegando com todos os relatos.
Porém, nos últimos capítulos, senti que tudo foi acontecendo de uma forma rápida, diferente do que começo da obra. E o final do livro é aberto. Isso me deixou na dúvida se existiria a possibilidade de outra obra ou realmente o questionamento de pensarmos em como tudo poderia seguir de um determinado ponto em diante.
Exceto isso, esse é um livro que apresenta uma boa dose de carga emocional (algo que amei), Sarah Turner também explorou questões sobre amadurecimento, responsabilidades, escolhas e como nossa vida pode mudar de um dia para o outro; que não sabemos quando algo acontecerá, mas sempre existirá algo que nos fará enxergar as coisas com uma nova perspectiva.
Um livro que conversou bastante comigo em diversos aspectos e mexeu com minhas emoções, e recomendo demais a leitura!
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Título original: Stepping upEscritora: Sarah Turner
Editora: Verus
Páginas: 350
Ano: 2023
Gênero: romance contemporâneo / drama
Classificação: +15
SINOPSE
Beth nunca se prendeu a nada. Ela largou mais empregos e relacionamentos do que é capaz de lembrar e ainda dorme em seu quarto de infância na casa dos pais. Não que ela não queira crescer ― é que, até agora, o único compromisso que conseguiu estabelecer foi com os drinques de sexta-feira no pub de sempre.
Mas então, de repente, o mundo de Beth muda. Sua irmã e seu cunhado sofrem um grave acidente de carro, e Beth agora é a guardiã legal da sobrinha adolescente e do sobrinho pequeno, e se vê em um mundo desconhecido de canções de ninar, reuniões escolares e elefantes fofinhos. Como nunca foi responsável por ninguém ― nem por coisa alguma ―, não demora muito para que Beth se sinta totalmente perdida.
E se ela simplesmente não estiver à altura da tarefa?
Com a ajuda do seu melhor amigo, Jory (só amigo mesmo, é claro...), e de Albert, o vizinho adorável e solitário, Beth está determinada a não desistir dessa vez. Chegou a hora de virar adulta.
Resenha | Um caso improvável, de Rebecca Yarros
terça-feira, 23 de abril de 2024
Quantas vezes o nosso caminho pode ser cruzado com outra pessoa? E como um acidente pode modificar completamente o caminho de duas pessoas? Entre esses e outros questionamentos que vamos conhecer a jornada de Izzy e Nate.
Resenha | Frozen: contos congelantes, de Heather Knowles e Mari Mancusi
segunda-feira, 22 de abril de 2024
Frozen é um dos meus filmes queridinhos e ele completou 10 anos, dá para acreditar? E nessa edição comemorativa de "Frozen: contos congelantes" vamos nos aventurar ainda mais com Elsa, Anna e também outros personagens.