Resenha | As heroínas, de Kristin Hannah

quarta-feira, 26 de junho de 2024

 Já imaginou como uma simples frase pode mudar completamente o rumo de sua história?

Kristin Hannah



Mulheres também podem ser heroínas. Foi essa frase que Frankie ouviu e sentiu toda a determinação possível para ir para a Guerra do Vietnã, lutar pelo seu país e se descobrir nesse processo.

Ela era uma jovem enfermeira, criada em Coronado Island e superprotegida pelos seus pais conservadores. Ela sempre foi uma garota certinha, se orgulhava de sempre agir corretamente, mas agora, era 1966 e as coisas estavam mudando; o mundo estava mudando.

Quando seu irmão vai servir no Vietnã, Frankie percebe que ela começa a imaginar um futuro diferente para si mesma e age por impulso, se juntando ao Corpo de Enfermagem do Exército. Apesar de ser totalmente inexperiente, ela quer ficar ao lado do seu irmão e quer fazer o possível para ajudar outras pessoas nesse momento tão difícil.

Só que estar na Guerra é completamente desesperador. Vai muito além do que ela imaginava! Logo, Frankie se sente sobrecarregada pelo caos e pela destruição, mas, ainda assim, tenta se manter em pé e fazer o possível por todos aqueles feridos e também dar o apoio necessário para outras enfermeiras.

Mas será que todo o período que ela enfrentou na Guerra será suficiente para determinar a sua nova jornada? O quanto isso afetou e mudou a sua vida? Será que ela conseguirá enfrentar novos traumas diante de um país totalmente dividido?

Kristin Hannah

Começo essa resenha dizendo que Kristin Hannah é completamente maravilhosa em tudo que ela escreve! Ela sabe como escrever obras que conquistam imensamente o coração, nos faz se sentir parte de todo o enredo e vive diversas emoções ao longo das páginas. E com “as heroínas” não foi diferente.

Já comecei a leitura dessa obra esperando um grande impacto ao longo da trama e foi exatamente dessa forma que a obra seguiu do começo ao fim porque como não sentir tantas emoções, aperto no peito e até mesmo ficar sem fôlego e lágrimas nos olhos com tantos relatos ao longo de um período de Guerra?

Frankie é uma personagem extremamente corajosa e está pronta para lidar com toda essa destruição do mundo. Apesar de ela não ter experiência suficiente como enfermeira, principalmente em um cenário de guerra, ainda assim, é possível perceber o quanto ela se adapta ao ambiente, fazendo o possível por todas as vidas.

Fiquei completamente comovida com tudo apresentado ao longo dos capítulos, por toda sua determinação e coragem. Uma personagem que ouviu que “mulheres também podem ser heroínas” e fez jus a isso. Mostrou a importância de voluntários durante a Guerra e que, sem ela e outras enfermeiras, quantas pessoas teriam sobrevivido para contar as suas histórias?

Mas, apesar de todo o seu ato de heroísmo, ainda existem muitas questões que ela enfrentou ao longo de sua vida, principalmente após voltar da Guerra. Como as pessoas podem ser cruéis e negar ajuda para alguém que serviu o país? Como as pessoas podem não acreditar que ela esteve nesses momentos difíceis, ajudando diversos civis? É difícil de engolir e aceitar essas coisas, mas essa é a realidade na qual vivemos.

Além desse contexto histórico, Kristin Hannah também trouxe em sua trama outras questões importantes, onde meu coração também ficou em frangalhos pela personagem. Tudo que aconteceu na jornada da Frankie não foi fácil. Foi uma jornada difícil, cheia de lutas e superações, mas que ela soube como contornar tudo, encontrar a sua voz no meio de todo o caos e fez o possível para sobreviver com todas as consequências de suas escolhas.

As heroínas” é um livro extremamente intenso, doloroso e marcante. É uma obra que mostra a jornada de uma mulher durante a Guerra do Vietnã, todos os conflitos internos e externos enfrentados, mas também a luta por acreditar em seu país, por acreditar em si.

É um livro que tenho certeza de que vai te marcar logo na primeira página, vai te envolver de uma maneira única, mas que também deixará seu coração em diversos pedacinhos porque é exatamente esse o poder da autora com suas obras.


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as heroínas
Título original: The women
Escritora: Kristin Hannah
Editora: Arqueiro
Páginas: 416
Ano: 2024
Gênero: romance histórico
Classificação: +18

SINOPSE
Criada na idílica Coronado Island e superprotegida pelos pais conservadores, ela sempre se orgulhou de fazer a coisa certa e de ser uma boa garota. Mas o ano é 1966 e o mundo está mudando. De repente, Frankie começa a imaginar um futuro diferente para si mesma.

Quando seu irmão vai servir no Vietnã, ela age por impulso e resolve se juntar ao Corpo de Enfermagem do Exército. Tão inexperiente quanto os soldados, Frankie logo se sente sobrecarregada pelo caos e pela destruição, mas consegue encontrar apoio em outras enfermeiras.

Ao voltar para casa, ela precisará enfrentar novos traumas diante de um país dividido politicamente que não dá o devido valor aos serviços prestados no Vietnã.

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Resenha | Tudo que deixamos inacabado, de Rebecca Yarros

segunda-feira, 17 de junho de 2024

 Se tem um livro capaz de conquistar do começo ao fim e ainda apresentar um plot completamente inesperado, tenho certeza de que “tudo que deixamos inacabado” é essa obra!

Rebecca Yarros



Nessa trama conhecemos a jornada de duas personagens em décadas diferentes, mas que estão completamente conectadas.

Aos 28 anos, Georgia Stanton é obrigada a recomeçar a sua vida após enfrentar um divórcio inesperado. Só que ao voltar para a casa da família no Colorado, ela terá que lidar com mais algumas questões burocráticas e, uma delas, é a finalização da obra da sua famosa bisavó.

Para o livro ser concluído e publicado, Georgia terá que lidar com o autor best-seller Noah Harrison. Ele é um dos grandes autores quando o assunto é romance. Apesar de Georgia não ser tão fã de suas obras, ainda assim, ela sabe que ele é perfeito para finalizar o legado de Scarlett Stanton.

E essa é uma obra que conta o romance real que Scarlett viveu com um piloto ao longo da Segunda Guerra. Ela começou esse manuscrito, mas, infelizmente, não pode finalizá-lo. E é a partir dessas memórias já registradas e cartas que toda a jornada vai começar a desenrolar.

Rebecca Yarros

Se eu pudesse descrever essa obra em duas palavras, com toda certeza descreveria como incrivelmente perfeito.

Esse foi meu segundo contato com a escrita da Rebecca Yarros e, mais uma vez, a autora soube como conquistar imensamente meu coração, me transportando para o passado dos personagens, vivenciando todos os dilemas e conflitos de uma época tão delicada, e me transportando novamente para a atualidade, onde muitas coisas ainda estavam acontecendo na vida da personagem principal.

E isso foi uma das coisas que mais me encantaram ao longo da narrativa, afinal, nos capítulos do passado, conhecemos a personagem Scarlett. Entendemos perfeitamente como foi a sua vida com seus pais, a sua relação com sua irmã, o seu trabalho durante a Segunda Guerra e em como o romance entre ela e Jameson foi se desenvolvendo.

Fiquei completamente apaixonada e encantada na riqueza de detalhes que a autora trouxe ao longo da trama, me deixando totalmente envolvida com toda a narrativa que eu não sentia vontade de largar a obra. Acompanhar tudo isso fez com que a leitura ficasse ainda mais envolvente.

Nos capítulos atuais também adorei a Georgia. Uma personagem que está passando por situações delicadas por conta do divórcio, ainda precisa lidar com algumas situações difíceis com sua mãe, o manuscrito inacabado que era algo que ela não esperava ter que lidar, assim como os sentimentos conflitantes que vão surgindo em seu peito.

Além de entender tudo sobre essa personagem que não consegue confiar com facilidade, também conhecemos bastante sobre Noah. Intercalado no ponto de vista de ambos, a autora soube explorar bastante toda a personalidade de cada um, mostrando suas qualidades, defeitos e em como eles tinham uma conexão inicialmente complicada, mas que foi desenrolando gradativamente de uma maneira bem envolvente.

E ao longo dos capítulos, embarcando entre o passado e o presente, a história vai acontecendo de um jeito único e especial, mas tem um momento específico que tudo fica ainda mais eletrizante. Quando a autora revela o grande plot dessa trama, foi quase impossível largar a obra até chegar a última página.

Confesso que eu não esperava por esse acontecimento e fiquei completamente embasbacada! Foi algo que mexeu bastante com minhas emoções e me fez refletir sobre diversas questões e motivos para tudo aquilo. Então, o plot foi um plus maravilhoso para deixar a leitura de “tudo que deixamos inacabado” ainda mais perfeita!

Acho que não resta dúvida de que essa obra conquistou imensamente meu coração, né? Uma leitura incrível, apaixonante, viciante e favoritada, que nos mostra em como a vida é uma caixinha de surpresa e que devemos viver intensamente cada momento de nossa existência.

Essa é uma trama onde embarcamos em uma jornada de recomeços, segundas chances e de confiança. Uma história que apresenta com uma riqueza de detalhes incríveis todos os acontecimentos, fazendo com que a gente se sinta parte da trajetória com eles, sinta todas as suas emoções e não sinta vontade de largar essa obra até chegar ao final.


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Rebecca Yarros
Título original: The things we leave unfinished
Escritora: Rebecca Yarros
Editora: Arqueiro
Páginas: 432
Ano: 2024
Gênero: romance
Classificação: +16

SINOPSE
Aos 28 anos, Georgia Stanton é obrigada a recomeçar a vida depois de um doloroso divórcio. Ao voltar para a casa da família no Colorado, ela se vê cara a cara com o autor best-seller Noah Harrison, que está na cidade para fechar um contrato e terminar o último livro da bisavó dela, uma famosa escritora. Ele é tão arrogante em pessoa quanto nas entrevistas, e Georgia não concorda que ele seja a escolha perfeita para essa tarefa.

Noah está no auge da carreira. Não há nada que o “menino de ouro” da ficção não tenha conquistado, mas ele não pode deixar passar batido o que pode ser a melhor obra do século: o romance inacabado de Scarlett Stanton, de quem ele é fã incondicional. Escrever um final adequado para a lendária autora é uma coisa, mas lidar com Georgia, a linda, teimosa e desconfiada bisneta dela, é uma situação bem diferente.

À medida que leem as memórias de Scarlett, tanto no manuscrito quanto nas suas cartas, os dois percebem por que ela nunca acabou o livro, que é baseado no romance real entre ela e um piloto da Segunda Guerra, que não teve final feliz.

Georgia conhece muito bem a infelicidade de um amor que não deu certo e, apesar da química entre ela e Noah, está determinada a aprender com os erros da bisavó, mesmo que isso signifique destruir a carreira do escritor.

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