Resenha | As estrelas esperam no céu, de Lori Nelson Spielman

terça-feira, 27 de agosto de 2024

 Sabe aquela história emocionante, onde temos duas personagens que precisam lidar com a perda de uma pessoa amada e uma delas ainda precisa lidar com todos os fantasmas de seu passado? Exatamente o que "as estrelas esperam no céu" proporciona.

Lori Nelson Spielman



Nessa trama, vamos conhecer Erika, uma personagem que tem uma carreira de sucesso como corretora imobiliária em Nova York e duas filhas maravilhosas. Elas têm a mesma idade, são bem unidas e sempre apoiaram a mãe na vida profissional.

Só que tudo desmorona em suas vidas quando Kristen, uma das filhas, morre em um acidente de trem. Erika sente que um pedaço de si foi embora. Sente que a culpa é dela por não estar presente naquele dia, de ter priorizado o trabalho. Mas Annie também se sente culpada por não cuidar da sua irmã como prometera.

A dor de perder a pessoa que mais amavam é sufocante e ainda lidar com todo esse peso da culpa que carregam dentro do peito, torna tudo pior. Então é quando a relação entre Erika e Annie fica completamente abalada, e cada uma vai precisar lidar com o luto da sua própria maneira.

Porém, além de lidar com essa perda, Erika também tem fantasmas do seu passado que ainda a assombram e ela vai precisar retornar para a sua cidade natal para conseguir fazer as pazes consigo mesma e até mesmo com Annie e todo o seu futuro.

Lori Nelson Spielman

"As estrelas esperam no céu" foi meu terceiro contato com a escrita da Lori Nelson Spielman e, mais uma vez, essa autora soube como me conquistar de uma maneira única, me proporcionando lágrimas e coração despedaçado em diversos momentos.

Intercalado no ponto de vista da Erika e Annie, conseguimos entender todos os processos do luto que cada personagem está enfrentando. O momento em que elas não conseguem aceitar a perda, a esperança de tudo ter sido um mal-entendido, de não conseguirem seguir em frente, de se culparem pelo ocorrido...

E tudo isso a autora trouxe com muita intensidade. Em cada capítulo, era impossível não sentir o coração despedaçado, a dor que cada uma estava enfrentando, os sentimentos conflitantes que somente o luto é capaz de trazer em suas vidas e em como tudo isso acabou afetando uma relação tão linda entre mãe e filha.

Cada uma tenta lidar com a dor da sua própria maneira. Inicialmente, Annie volta para a cidade natal de sua mãe em busca de respostas e na esperança de ainda encontrar a sua irmã viva e é lá que ela acaba descobrindo muitas coisas sobre Kristen. Coisas que ela jamais imaginou, mas ela está determinada a guardar esses segredos porque sabe que isso poderia afetar ainda mais seus pais.

Erika sempre foi workaholic e com a perda de sua filha, isso acabou consumindo ainda mais seu tempo, afinal, no momento em que estava trabalhando, era como se anestesiasse um pouco de sua dor. Mas, chega um momento, que ela sabe que precisa lidar com isso, além de lidar com todos os fantasmas do seu passado, pois há anos ela carrega uma culpa que jamais deveria.

Também conhecemos personagens secundários que possuem sua própria importância na trama e é perceptível em como cada um acaba tendo uma certa influência na vida dessas duas mulheres devastadas, afinal, em um momento tão difícil quanto esse, estar com pessoas que amamos e pessoas que conseguem entender nossas dores, é essencial.

Então, "as estrelas esperam no céu" é uma leitura intensa e marcante. Uma obra que me deixou devastada em diversos momentos, mas que amei como a Lori soube trabalhar todos os pontos. Talvez tenha sentido falta de alguns pequenos detalhes, mas nada que afetasse a trama, afinal, todo o contexto de superação do luto foi trabalhado perfeitamente bem.

É aquele livro que recomendo demais para quem ama obras de partir o coração, mas que fica meu alerta por ser um livro que pode conter gatilhos.


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Lori Nelson Spielman
Título original: The star-crossed sisters of Tuscany
Escritora: Lori Nelson Spielman
Editora: Verus
Páginas: 350
Ano: 2024
Gênero: drama
Classificação: +17 anos

SINOPSE
Erika Blair tem tudo o que poderia desejar: uma carreira de sucesso como corretora imobiliária em Nova York e duas filhas lindas. Mas ela é jogada na escuridão mais profunda quando sua filha Kristen morre em um acidente de trem. Erika se sente devastada pela culpa ― ela deveria ter levado as filhas para a universidade naquele dia, e as deixou por conta própria porque precisava mostrar mais um imóvel de milhões de dólares a um cliente.

Annie, a filha sobrevivente, lida com o luto à sua maneira: ela está convencida de que houve um caso de troca de identidades e que Kristen está viva. Entre a culpa de Erika e a confusão de Annie, mãe e filha se afastam, cada uma isolada em seu tormento particular.

Então, Erika recebe uma misteriosa mensagem anônima: “Encontre a paz perdida”. É uma frase dos cadernos de pensamentos que ela havia feito, com todo o amor, para cada uma das filhas, cheios de dizeres sábios da mãe e da avó de Erika. A mensagem seria de Kristen? Ou é uma tentativa desesperada de Annie para se reaproximar da mãe?

As mensagens continuam a chegar, e as pistas levam Erika à ilha de Mackinac, onde ela passou uma infância infeliz depois da morte da mãe. Revisitar seu passado doloroso é o único caminho para encontrar um modo de se reconectar com Annie.

Erika precisa reunir coragem e encarar os próprios demônios ― antes que perca as duas filhas para sempre.

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Resenha | Não é amor, de Ali Hazelwood

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Ali Hazelwood



Em "não é amor", vamos conhecer Rue, que tem poucos amigos e uma carreira de sucesso como engenheira de biotecnologia na Kline, uma das mais promissoras startups no campo da ciência de alimentos.

Só que agora, tudo que ela fez para construir esse seu mundinho seguro e agradável está ameaçado, pois a empresa Harkness quer comprar a Kline.

Eli, sócio da Harkness, tem seus próprios motivos para querer comprar a empresa. Somente ele e outras pessoas envolvidas nesse propósito sabem o motivo.

Porém, quando Eli conhece Rue, alguém com quem já estava flertando em um aplicativo de relacionamento, ele sabe que está completamente ferrado, afinal, ele não consegue tirá-la de sua cabeça e sabe que se envolver com Rue seria completamente arriscado.

Mas, ainda assim, um caso secreto e casual surge, mas eles sabem que está fadado a terminar assim que toda a burocracia acabar.

Ali Hazelwood

Que a Ali Hazelwood escreve romances com algumas cenas hots já sabemos, né? Mas nesse aqui, a autora explorou muito além, afinal, são dois personagens passando por situações delicadas por conta da empresa, mas que têm muitos traumas do passado e acabam buscando um certo conforto um no outro.

A trama acontece em torno da aquisição da empresa Kline. Esse ponto é que acaba determinando todo o envolvimento do casal, afinal, Rue é leal à sua amiga e dona da empresa, mas ela não consegue controlar a atração que sente por Eli, que deveria ser seu maior inimigo.

Só que o enredo vai além. Rue e Eli são dois personagens cheios de camadas. Durante os capítulos, ela consegue explorar perfeitamente tudo que eles enfrentaram no passado, quais são seus dilemas, traumas e o medo de se entregar em uma relação, de abrir o coração, e isso me deixou bem envolvida.

Rue é uma personagem que tem problema em se abrir, em falar sobre seus sentimentos. Ela enfrenta uma questão delicada relacionada ao seu irmão e isso fez com que ela criasse algumas barreiras. Já Eli é aquele personagem mais centrado. Apesar de já ter passado por algumas questões em seu passado, ainda assim, ele é determinado e sabe o que quer, e faz o possível para conseguir.

Como eles tinham problemas em se relacionar, estavam atraídos um pelo outro e buscavam maneiras de tentar conciliar tudo em suas vidas, o envolvimento sexual era como um refúgio para cada um. Então, em muitos capítulos, temos cenas para +18 anos e, diferente das outras obras da autora, esse aqui ela explorou com mais intensidade.

Então, com a narrativa em terceira pessoa e na perspectiva de ambos os personagens, embarcamos em uma história cheia de cenas quentes, mas também de descobertas. Uma jornada onde eles precisaram enfrentar seus próprios receios, abrir um pouquinho o coração e acreditar que tudo poderia ser resolvido da melhor maneira possível.

Apesar de não ser um dos meus queridinhos da Ali Hazelwood, ainda assim, "não é amor" foi uma história que me deixou bem envolvida com todos os acontecimentos na vida dos personagens, com todo o desenrolar além das cenas picantes e me proporcionou uma ótima leitura.


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Ali Hazelwood
Título original: Not in love
Escritora: Ali Hazelwood
Editora: Arqueiro
Páginas: 368
Ano: 2024
Gênero: romance adulto
Classificação: +18 anos 

SINOPSE
A vida de Rue Siebert não é perfeita, mas ela tem alguns poucos amigos leais e uma carreira de sucesso como engenheira de biotecnologia na Kline, uma das mais promissoras startups no campo da ciência dos alimentos.

Ela lutou muito para construir esse mundinho seguro e agradável, que ameaça desmoronar quando um homem terrivelmente atraente lidera uma aquisição hostil da Kline.

Eli Killgore, sócio da Harkness, tem os próprios motivos para querer tomar a empresa em que Rue trabalha. Acostumado a conseguir o que quer, ele se vê diante de uma angustiante exceção: Rue. A mulher em quem não consegue parar de pensar. A mulher que não pode ter.

Divididos entre a lealdade e uma atração inegável, Rue e Eli têm um caso secreto, casual e com prazo de validade: o dia em que uma das duas empresas vencer o embate. Mas o coração faz negócios arriscados... e joga para ganhar.

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Resenha | O que poderia ter sido, de Holly Miller

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

 Já imaginou como sua vida poderia ter sido se você optasse seguir por um caminho completamente diferente?

Holly Miller



Lucy, nossa personagem principal, acabou de pedir demissão do seu emprego e agora, está perdida sem saber o que exatamente fazer de sua vida: se segue com o seu sonho de se tornar escritora ou se trilha uma nova jornada.

Confusa do que fazer, ela acaba conhecendo Caleb, um fotógrafo local que desperta um grande interesse nela e, inesperadamente, Max, um grande amor de sua vida, cruza novamente seu caminho.

E agora ela precisa tomar uma decisão: ficar e viver um romance promissor com Caleb que a inspira em construir o seu próprio romance, ou partir com Max, trabalhar em uma agência de publicidade e descobrir porque romperam anos atrás?

Holly Miller

"O que poderia ter sido" me chamou muita atenção pela capa belíssima e também pela proposta do livro, afinal, adoro obras que mesclam essa possibilidade de "e se".

Comecei a leitura super envolvida com a história da Lucy. Inicialmente entendemos a sua vida, o motivo dela ter pedido demissão e o seu grande sonho de ser escritora que foi deixado de lado.

Depois, nos aventuramos em duas histórias diferentes, onde vemos duas jornadas e duas possibilidades na vida dessa personagem. O encontro com Caleb e o reencontro com Max é o que determina como seria sua vida no caminho do qual ela tivesse escolhido.

Nos capítulos "ficar", consegui perceber uma personagem que mesmo com algumas questões mal revolvidas no passado, ainda soube como seguir em frente. Soube como lidar com as diferenças e a moldar a sua nova relação.

Já nos capítulos "partir", percebi uma personagem que precisava entender o motivo do término de anos atrás, mas que estava disposta a perdoar e dar uma nova chance para alguns erros cometidos.

Particularmente, os capítulos de Lucy ficar em sua cidade foram os que mais me agradaram, pois existem alguns acontecimentos nos capítulos de sua partida que me incomodaram um pouco. Acredito que o principal motivo sejam os erros cometidos e de perdoar certas coisas, sabe?

E gostei dessa interação entre os personagens, mas senti falta de a Holly Miller explorar um pouco mais algumas questões abordadas ao longo da trama. Senti que faltou esse pequeno desenvolvimento para gostar mais da narrativa.

Mas "o que poderia ter sido" é um livro sobre perdoar as pessoas que amamos, de seguir em frente independente do que aconteça, de lutar por aquilo que desejamos e não desistir tão facilmente. E que apesar da nossa escolha, a jornada não será fácil e decepções também poderão surgir a qualquer momento.

E fica o questionamento: é o destino ou o acaso que decide quem devemos ser, e quem devemos amar?


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Holly Miller
Título original: What might have been
Escritora: Holly Miller
Editora: Harlequin
Páginas: 320
Ano: 2024
Gênero: romance
Classificação: +16 anos

SINOPSE
Lucy está em uma encruzilhada. No mesmo dia em que se demite do seu trabalho desanimador, ela conhece Caleb, um fotógrafo local de sua cidadezinha, e tem um encontro inesperado com Max, o antigo amor da sua vida. Ao mesmo tempo, ela precisa decidir se quer finalmente seguir o sonho de se tornar escritora, ou se mudar para Londres em busca de mais oportunidades.

FICAR. Depois de anos adiando seu sonho, Lucy está finalmente encarando seus medos para colocar sua história no papel. E, graças ao romance promissor com o artístico Caleb, está mais inspirada do que nunca. Mas, depois de alguns corações partidos no passado, eles estão abertos o suficiente para fazer o relacionamento evoluir?

PARTIR. Lucy não acredita na própria sorte ao conseguir um quarto no apartamento da melhor amiga e um emprego numa famosa agência de publicidade em Londres. Isso lhe dá coragem para ir atrás de Max e perguntar o real motivo do término de uma década atrás. Mas será que ela realmente quer saber, já que estar com ele parece obra do destino?

Em histórias paralelas que contam o que acontece se Lucy decide ficar ou partir, nos deparamos com a pergunta: é o destino ou o acaso que decide quem devemos ser, e quem devemos amar?

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Resenha | Essa dama é minha, de Francine Rivers

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

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